VIDA URBANA
Arquidiocese proíbe padres candidatos de exercerem atividades
Sacerdotes estão automaticamente suspensos do exercício religioso. Quatro padres disputam o pleito.
Publicado em 22/07/2014 às 15:38
O arcebispo da Paraíba, dom Aldo Pagotto, divulgou uma nota normativa, na tarde desta terça-feira (22), onde proíbe os padres, ligados à Arquidiocese, que estão disputando as eleições desse ano, de exercerem as atividades de sacerdote. Segundo o documento, os religiosos envolvidos na política partidária estão automaticamente suspensos do exercício religioso.
Na nota, para fortalecer seu argumento, dom Aldo faz referência à uma norma da Regional Nordeste 2, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, de 2003, que estabeleceu uma proibição para todos os ministros ordenados de se filiar a partidos políticos, bem como se candidatar a cargos eletivos.
“Eventualmente eleito, o Clérigo (padre ou religioso) continuará suspenso do uso de Ordem e de quaisquer funções eclesiásticas durante todo o período de mandato para o qual tenha sido eleito”, determina dom Aldo Pagotto na nota normativa.
Nas eleições desse ano quatro padres estão disputando as eleições na Paraíba. O deputado federal Luiz Couto (PT) e o estadual Frei Anastácio (PT) tentam a reeleição e Gescione Dias de Araújo (PC do B) e José Leôncio da Silva Júnior (PT) tentam cadeiras na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. Estes dois últimos usam o nome de padre na urna.
Além dos padres, a portaria da Arquidiocese também traz orientações para pessoas ligadas às pastorais e aos movimentos populares, que pretendam agir como cabos eleitorais de alguns partidos políticos. “Esses podem assumir projetos que por vezes são contrários aos valores e aos princípios defendidos pelo Direito natural e pela ética e moral cristã, por exemplo na questão do aborto, invasão de terra e casamento gay. Fica a orientação para que essas pessoas não tentem fazer da Igreja cabo eleitoral, confundindo os fieis”, diz o arcebispo.
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