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POLÍTICA

Após pressão, deputado rompe com Governo e volta para oposição

Mesmo com a decisão de Márcio Roberto, o clima no partido não foi amenizado. Gervásio disse que não confia no companheiro e defende a dissolução do diretório de São Bento.

Publicado em 29/07/2011 às 15:06

Jhonathan Oliveira

Lideranças do PMDB se reuniram nesta sexta-feira (29) para avaliar alguns problemas internos da legenda. O encontro foi bastante tenso e teve como ponto principal de debate o apoio de deputados estaduais do partido à gestão de Ricardo Coutinho (PSB). No entanto, a única decisão concreta da reunião foi tomada pelo deputado Márcio Roberto, que após ser pressionado pelos companheiros garantiu que vai romper com o governador e voltará a integrar a bancada de oposição na Assembleia Legislativa seguindo a orientação do PMDB.

Márcio Roberto é um dos três deputados peemedebistas que aderiram ao bloco governista. No entanto, ele tem uma condição especial pois é o único que comanda um diretório municipal, o de São Bento. Em função disso membros da legenda pediram a dissolução do diretório, alegando que ele não poderia ser comandado por alguém que não segue a orientação da legenda. “Em defesa da união do partido, eu confirmei apoio ao PMDB e estou rompendo com o governo para seguir as diretrizes da nossa bancada”, disse o deputado Márcio Roberto.

De acordo com o parlamentar, o diretório de São Bento está nas mãos da sua família há mais de 50 anos e ele não “poderia deixar morrer essa história”. O deputado disse ainda que vai entregar todos os cargos que tem no Governo do Estado. Um dos indicados de Márcio, o advogado Josué Guedes confirmou ao jornalista Lenilson Guedes que está colocando seu cargo de direção no Detran à disposição.

O deputado Gervásio Maia, um dos principais defensores da dissolução do diretório de São Bento, disse que “em função do histórico de Márcio Roberto não confio na postura dele”. Ele acrescentou ainda que Márcio só se posicionou após ser pressionado pelo ex-governador José Maranhão. “Ele foi muito firme e disse que quem quisesse ficar no PMDB tinha que seguir a orientação da legenda”, completou.

Gervásio acrescentou que por não acreditar em Márcio, pediu que a reunião do diretório estadual que vai avaliar o caso de São Bento seja mantida. “ Ela deve acontecer no próximo mês”, disse.

Os outros deputados do PMDB que aderiram ao governo de Ricardo foram Doda de Tião e Wilson Braga. O primeiro esteve na reunião, mas não se pronunciou e saiu sem dar explicações. E outro já está de malas prontas para o PSD.

Presidência

Além da questão dos dissidentes, era esperado que o PMDB também discutisse a renovação da presidência do partido na reunião desta sexta-feira. Inclusive ontem alguns deputados chegaram a defender a saída Antônio Souza do cargo, mas o assunto acabou ficando de fora do debate.

“Nós não colocamos este assunto na pauta da reunião de hoje”, disse Gervásio Maia, que é um dos defensores da mudança no comando peemedebista.

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Jornal da Paraíba

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