PMCG pede demolição do antigo Cine Capitólio

A Prefeitura de Campina Grande, através da Procuradoria Geral do Município, ingressou com uma ação na Justiça pedindo autorização para realizar demolições no espaço onde funcionou o antigo Cine Capitólio, no Centro da cidade. A intenção é realizar pequenos reparos no que sobrou da estrutura para evitar o desabamento do prédio, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep).

Atualmente, o prédio que um dia foi palco dos mais importantes eventos culturais da cidade está sem o telhado e se resume às quatro paredes que delimitam o terreno, oferecendo risco a quem transita pela área, já que essas paredes estão escoradas por pedaços de madeira. O local foi interditado no ano passado pela Defesa Civil, mas, apesar dos riscos, está sendo utilizado por ambulantes para guardar material de trabalho, conforme denúncia apurada pela reportagem. Nas proximidades do prédio também há mototaxistas que usam o local como praça, correndo o risco de serem atingidos em caso de desabamento.

“Estamos tentando viabilizar a permanência daquela estrutura, mas são necessárias algumas correções para evitar um desabamento. Se não demolirmos algumas partes da obra, não temos como fazer os ajustes necessários para dar segurança aos pedestres e às pessoas que estacionam seus veículos nas proximidades do prédio, enquanto ele não é reformado”, explicou o procurador-geral do município, José Fernandes Mariz, enfatizando que a autorização judicial é necessária uma vez que, mesmo sendo de propriedade da prefeitura, o prédio é tombado pelo Iphaep.

REVITALIZAÇÃO

Desde que foi desativado, na década de 90, diversas sugestões já foram apresentadas para revitalizar o prédio e manter viva a memória do Capitólio. A mais concreta é a transformação do espaço em um centro cultural. Segundo o secretário de Obras do município, André Agra, há pelo menos dois projetos sendo elaborados pela prefeitura nesse sentido, mas ainda não há prazo para que a revitalização seja iniciada.

“Por precaução estamos realizando vistorias no local a cada dois meses para verificar as condições do espaço e evitar um desabamento, já que não há previsão para o início da revitalização. Temos alguns projetos, mas ainda estamos em busca de recursos para viabilizá-los, cogitando inclusive uma parceria público-privada. Além disso, só podemos fazer a revitalização com a aprovação e a autorização do Iphaep”, afirmou.

Sobre o assunto, a reportagem do JORNAL DA PARAÍBA também procurou a direção do Ipahep, mas ninguém foi localizado para falar sobre a situação do prédio.