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VIDA URBANA

Ministério Público denuncia cinco por ataques a ônibus em CG

Entre os denunciados estão as companheiras de dois detentos que, segundo as investigações da Polícia Civil, lideraram a rebelião no presídio do Serrotão e ordenaram os ataques

Publicado em 30/07/2015 às 7:42

Passados menos de 3 meses da chamada “quarta-feira de pânico”, que deu início a uma série de incêndios a ônibus e provocou uma onda de medo em Campina Grande, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) denunciou cinco pessoas acusadas de envolvimento nesses episódios, ocorridos entre os dias 13 e 15 de maio. Entre os denunciados estão as companheiras de dois detentos que, segundo as investigações da Polícia Civil, lideraram a rebelião no presídio do Serrotão e ordenaram os ataques como represália pelo assassinato ocorrido dentro da unidade prisional e também pela posterior transferência de presos participantes do tumulto para presídios de João Pessoa.

Os denunciados foram Danielle Ângelo Pereira e Francinalda da Silva, respectivamente companheiras de Marcelo Francisco Gomes Fontinelli e André de Lima Tavares, atualmente presos no PB1, Adeilton de França Santos, Ivan Cleon Silva de Lima e José Renato de Farias. Na denúncia apresentada à Vara de Entorpecentes de Campina Grande, a promotora Ismânia do Nascimento Rodrigues afirma que decapitação do preso Josemar Henrique Bezerra, ocorrida no dia 12 de maio, deu origem à rebelião, no dia 13, e aos ataques, nos dias 13 e 15.

“Após a morte do presidiário, houve rebelião no estabelecimento prisional e a consequente transferência de presos para outro presídio, na cidade de João Pessoa. A queima dos ônibus foi orquestrada para que se instalasse na cidade uma sensação de pânico e caos”, ressaltou a promotora, ao destacar que coube às companheiras dos detentos comandar os ataques, que resultaram na queima de dois ônibus no Pedregal e Glória, além da tentativa no Jenipapo.

A denúncia tem como base o inquérito da Delegacia de Roubos e Furtos de Campina Grande (DRF). Em seu depoimento, Francinalda confessou a participação nos casos e também apontou os demais envolvidos, inclusive um adolescente de 15 anos, alegando que todos sabiam e participaram dos ataques. Além de responder pelo incêndio e por associação criminosa, pelos quais os cinco foram denunciados, José Renato e Ivan também devem ser processados pela posse de droga. No caso de Ivan, há ainda denúncia por porte ilegal de arma, também oferecida contra Francinalda.

NOVOS ATAQUES

Esta semana aconteceu mais um incêndio a ônibus no bairro da Ramadinha e uma tentativa no Santa Rosa após também rebelião no Serrotão. A Polícia Civil acredita que as ordens para os ataques foram do presídio.

Imagem

Jornal da Paraíba

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