COTIDIANO
Promotor denuncia quadrilha que clonava cartões em Sousa
Três homens que foram presos em flagrante por clonagem de cartões na PB, PE e RN aguardam parecer da Justiça. Receptador de dados que atuava em Fortaleza continua foragido.
Publicado em 08/08/2008 às 9:30 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:43
Da Redação
Com informações da assessoria MPE-PB
Uma quadrilha que clonava cartões e atuava nos estados Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte foi denunciada na quinta-feira (7) pelo promotor de Justiça da 4ª Vara da Comarca de Sousa, Raniere da Silva Dantas.
O promotor acusa Francisco Erivan de Oliveira, Edilon Carlos do Vale e Joáryo Alexandre Viana Bonfim de percorrer várias cidades dos três estados com uma máquina de clonagem. Os dados obtidos eram repassados para um homem identificado como Carlos Aguiar, em Fortaleza, que confeccionava os cartões para que a quadrilha realizasse saques nas contas correntes das vítimas.
A quadrilha foi desmontada em julho quando atuava em uma agência da Caixa Econômica Federal da cidade de Sousa, tentando subtrair o dinheiro de uma conta corrente. Ao perceber que estava sendo roubada, a vítima gritou, afugentado os ladrões.
“Ele acionou a Polícia Militar dizendo que três homens estavam no interior da agência realizando clonagens de cartões com vistas a retirarem os valores existentes nas contas de pessoas ingênuas que entregavam os seus cartões”, relatou Ranieri, acrescentando que os bandidos estavam com uma máquina própria para clonar cartões, conhecida como “chupa-cabras”.
Ao perceberem que estavam sendo flagrados, Francisco Erivan de Oliveira e Edilon Carlos do Vale tentaram fugir em um veículo mas foram presos em flagrante por policiais militares. Eles confessaram que um outro comparsa estaria se deslocando para Cajazeiras. Com base na informação, os policiais passaram a abordar todos os táxis que passavam pelo local e prenderam Joaryo Alexandre, que também fazia parte da quadrilha.
Os acusados estão presos na Colônia Penal Agrícola de Sousa. Carlos Aguiar, de Fortaleza, que recebia por cada cartão clonado a quantia de R$ 100, mais 20% do valor sacado, está foragido. Com tais práticas, Edilon ganhava cerca de R$ 3 mil por semana e Erivan, que era o motorista do veículo, recebia R$ 1 mil.
Segundo o promotor, a quadrilha utilizava talonários de uma empresa fantasma e documentos de identificação falsos. “Os acusados se passavam por representantes comerciais de tal empresa, que sequer existe. O aparelho utilizado na clonagem de cartões e que foi apreendido pela polícia militar, continha os dados dos cartões de 62 pessoas”, informou.
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