VIDA URBANA
Cirurgião plástico dá dicas para minimizar riscos em lipoaspiração
Na segunda-feira (11) psicóloga Conceição de Maria Palha, de 31 anos, morreu durante uma lipoaspiração, em João Pessoa.
Publicado em 12/01/2010 às 14:12
Da Redação
Mesmo o risco de complicação durante as cirurgias plásticas sendo menor que 1%, ele existe. Na segunda-feira (11) a psicóloga Conceição de Maria Palha, de 31 anos, entrou para estatística quando sofreu duas paradas cardíacas e morreu durante uma lipoaspiração, em João Pessoa. Pensando em minimizar os riscos na cirurgia plástica o médico Antônio Aracoeli Ramalho, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica da Regional Paraíba dá dicas importantes.
No Brasil as cirurgias plásticas correspondem a 20% de todos os procedimentos cirúrgicos relaizados. De setembro de 2007 até agosto de 2008 foram realizadas 6.029 cirurgias plásticas. A busca pelo corpo perfeito banalizou a plástica, mas segundo o médico Aracoeli Ramalho os riscos são os mesmos de qualquer tipo de cirurgia. "É um procedimento cirúrgico que tem seus riscos, mas quando se toma os devidos cuidados os riscos são minimizados”, afirmou o médico.
O primeiro cuidado que o paciente deve ter é que o método da lipoaspiração não é para o emagrecimento, mas para a retirada de gordura localizada. Segundo o médico Aracoeli Ramalho, este tipo de gordura não consegue ser eliminado com exercícios físicos.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica não se deve retirar na lipoaspiração mais de 5% da gordura do paciente. “Uma mulher que pesa cerca de 60 quilos não deve retirar mais de 3 litros de gordura durante a lipo”, explicou o médico. Mas se mesmo assim o paciente insistir na cirurgia o médico deve apresentar outras opções. “Neste caso o paciente deve ser encaminhado para um nutricionista e também deve ser submetidos a atividades físicas, para que posteriormente, quando o peso estiver ideal, possa passar pela lipo” explicou.
O segundo cuidado está na escolha do médico que deve ter no mínimo 5 anos de experiência, sendo dois deles em cirurgia geral e três em cirurgia plástica. O especialista também deve ser habilitado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. “No site da Sociedade é possível ter acesso a qualificação do cirurgião e também mais informações sobre diversos tipos de procedimentos cirúrgicos”, esclareceu o presidente Aracoeli.
Durante a consulta o médico deve pedir exames laboratoriais para conhecer o estado de saúde do paciente. “Devem ser pedidos exames de glicemia, coagulação e até uma avaliação cardiológica”, informou.
Outro ponto importante é na escolha do local ideal para a cirurgia que deve ter todo o suporte técnico para qualquer tipo de eventualidade durante o procedimento. De acordo com Aracoeli no local deve ter desfibrilador, medicamentos para uma reanimação e todos os tipos de aparelhos para minimizar os riscos. Após a operação o paciente deve ficar em média uma semana em repouso.
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