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VIDA URBANA

Museu Luiz Gonzaga fecha as portas em CG

Sem apoio dos poderes públicos ou incentivos financeiros da iniciativa privada, Museu Fonográfico Luiz Gonzaga fecha as portas.

Publicado em 01/01/2013 às 6:00


A partir de hoje, os fãs e admiradores do Rei do Baião não mais encontrarão as portas do Museu Fonográfico Luiz Gonzaga abertas. Sem apoio dos poderes públicos ou incentivos financeiros da iniciativa privada, o espaço recebeu visitantes até ontem. O espaço foi fechado porque seu fundador e administrador, professor José Nobre de Medeiros, não tinha mais condições de manter o local aberto para a visitação do público.

“Manter o museu é algo que necessita de investimento, implica custos e o que eu fiz durante esses 20 anos não tenho mais condições de continuar”, contou o fundador do museu, que passou a receber visitantes em 1992. O custeio mensal do Museu Fonográfico gira em torno de R$ 2 mil. José Nobre ressalta que a quantia é mínima diante da importância do lugar, mas está acima de suas condições.

De acordo com o fundador do museu, “quem mais sabe do sacrifício que foi manter esse museu fonográfico aberto é minha família, pela ausência que tive em muitos momentos, pela dedicação em manter tudo isso funcionando, principalmente esse ano que foi especial. Ao longo do mês de junho, nós recebemos mais de 4.500 alunos, que vieram conhecer mais da vida e obra de Luiz Gonzaga, o que agora não poderá mais ser feito, pelo menos nesse espaço de agora”.

Apesar de ter mantido contato com diversas autoridades com o objetivo de viabilizar melhor estrutura para o museu, José Nobre conta que nenhuma das promessas feitas por prefeitos, governadores e demais agentes políticos se concretizou. “Sequer o IPTU do imóvel é dispensado pela prefeitura”, frisou.

Com o espaço fechado, o acervo de cerca de 1.500 discos gravados por Luiz Gonzaga, mais sete mil de outros artistas que cantaram o forró, além de mais de 250 quadros, dezenas de livros em que o objeto de pesquisa é o Rei do Baião e o forró e vários objetos pessoais e musicais que acompanharam o 'Velho Lua' ao longo de sua carreira, deve ficar sob a guarda da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

José Nobre disse que já foi contatado pelo reitor Rangel Júnior, que demonstrou interesse por parte da UEPB em cuidar do material. “Ele se prontificou a dispor de um lugar para exposição do acervo e também falou que a universidade tem interesse em adquirir o acervo”, explicou.

Imagem

Jornal da Paraíba

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