COTIDIANO
Cássio aguarda TSE, mas mantém discurso de "ficha e vida limpas"
Entrevista da 101 FM foi transmitida ao vivo também pelo Paraíba1, inclusive com participação dos internautas. Cassação do registro de sua candidatura foi o tema principal.
Publicado em 08/09/2010 às 14:02 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:34
Maurício Melo
Cássio Cunha Lima falou à Rede Paraíba Sat nesta quarta-feira (9) que tem "ficha e vida limpas" e deu início à segunda rodada de entrevistas com os candidatos ao Senado Federal da Paraíba. A entrevista também foi transmitida ao vivo pelo portal Paraíba1, inclusive com participação dos internautas que enviaram perguntas por e-mail.
O candidato, que teve seu registro de candidatura impugnado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB) disse aguardar ansioso pela manifestação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas já vê com ressalvas as decisões que já saíram sobre o tema.
"TSE já realizou alguns julgamentos e tem analisado caso a caso. No entanto, alguns ministros entendem a inelegibilidade não como pena, mas como condição, assim pode retroagir. Na minha opinião, quando se impede alguem de se candidatar, há sim punição" reclamou.
Mas, segundo Cássio, quem dará a última palavra, será Supremo Tribunal Federal. "Já vimos que há divisão entre os ministros e, portanto, se é um assunto polêmico, caberá ao STF definir se eu poderei concorrer no pleito de outubro".
Ele prometeu que, enquanto senador, brigará para garantir que injustiças como a que ele diz ter sofrido ao ter o mandato de governador cassado, não existam mais. "É preciso que a vontade do povo seja respeitada. Uma reforma na constituição vai garantir que não exista um governo formado por representantes não eleitos."
E, ainda falando sobre a Justiça Eleitoral, o ex-governador mostrou ainda ter mágoas. "Cassaram o meu mandato e o voto de mais de um milhão de pessoas e o equívoco foi aumentado quando deram posse ao segundo lugar. Eu fui punido por ajudar os mais pobres", contou.
Sobre a campanha, Cássio disse que as pendências judiciais atrapalham sim, mas que muitos candidatos, inclusive o atual governador, têm. E que popularidade de Lula ajuda muito Maranhão, mas que é preciso lembrar que a base econômica veio do tempo do ex-presidente Fernando Henrique (PSDB).
Pingue Pongue
No último momento da entrevista, Cássio respondeu se era a favor ou contra alguns temas sugeridos pelos apresentadores do programa. Sobre o casamento homoafetivo, disse ser contra, apesar de achar que a união civil deve ser respeitada. "As pessoas não podem ser punidas por sua orientação sexual, mas o casamento enquanto intituição religiosa é para a relação homem e mulher". Também disse ser contra o aborto.
Disse ser contra a pena de morte e que a redução da maioridade penal não resolveria o problema da violência, mas vê um plebiscito como sendo a melhor forma de decidir sobre isso. Ele considerou a terceirização dos presídios um via a se avaliar. Sobre a castração química de estupradores, disse ser a favor em casos de reincidentes. A legalização de drogas também foi rejeitada pelo candidato.
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