ECONOMIA
Lançar um produto no mercado exige estudo
Deve ser levado em consideração os custos de produção, concorrência, logística e identidade visual.
Publicado em 25/03/2012 às 8:00
Oferecer um bom produto ao mercado é o que todo empreendedor deseja. Não basta ter uma boa ideia ou um bom nicho para ser explorado. É preciso analisar custos de produção, concorrência, logística de distribuição e identidade visual para definir o que será ofertado aos consumidores. Estes e outros aspectos visam assegurar a melhor oportunidade para que determinado produto obtenha os melhores resultados. Mas a fabricação de um produto envolve, cada vez mais, fatores externos à linha de produção.
O JORNAL DA PARAÍBA traz, na quarta reportagem da série especial “Negócio Certo”, os critérios que os empreendedores devem ficar atentos no momento de transformar a sua ideia em um produto que se converta em um bom negócio.
Com o auxílio de empresários e especialistas do mercado paraibano, a fábrica de doces das irmãs empresárias Magna e Fátima Pontes, junto com a sobrinha Lilian Gomes, aberta há dois anos, perceberam um bom nicho de mercado para as sobremesas diet.
Com o slogan “prazer sem culpa” na cabeça, as irmãs decidiram investir na ideia e começaram a trabalhar na receita de uma mousse sem açúcar, porém, com sabor natural.
Depois de um ano de testes e provas, com apoio do Núcleo de Processamento de Alimentos da Universidade Federal da Paraíba (NUPA-UFPB), as fórmulas ficaram prontas. As primeiras unidades da linha dos produtos da empresa “Dolce Zero”, sem uma grama de açúcar, já são comercializadas em alguns restaurantes de João Pessoa.
“Mesmo quem não quer emagrecer ou quem é diabético pode comer nossas mousses, pois o sabor é o mesmo e a redução calórica é de até 40%”, assegura a sócia Magna Pontes.
"A empresa entrou no mercado lançando os sabores limão, maracujá, frutas vermelhas e chocolate. A produção da Dolce Zero precisa cada vez mais desta diversificação", conta o professor especialista em varejo Jairo Pontes.
“O perfil de consumidor atual é muito segmentado, uma linha de produção deve ser capaz de atender a diversos padrões de consumo. E, principalmente, adaptar-se aos que ainda podem surgir”, aconselha.
A meta da empresa é chegar ao meio do ano comercializando mil unidades da sobremesa diet por mês. E a linha já poderá crescer nos próximos meses. Magna Ponte relata que novos sabores estão sendo testados e que pretende "sempre trazer novidades para os clientes". As empresárias esperam ver seus produtos alcançando cada vez mais espaços nas prateleiras, mas esperam dar um passo de cada vez.
Não aplicar conservantes no produto foi outra decisão complexa para a Dolce Zero. Entre ampliar a validade do produto ou aumentar o apelo como produto essencialmente natural, as empresárias ficaram com a segunda opção. O que endossou a atuação da empresa no segmento da alimentação saudável, mesmo restringindo a apenas 15 dias a validade da mousse.
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