VIDA URBANA
Sol, calor e caos em Cabedelo
Com veraneio problemas de infraestrutura se agravam nas concorridas praias de Camboinha, Poço e Ponta de Campina.
Publicado em 08/01/2012 às 8:41
As praias de Ponta de Campina, Poço e Camboinha, no município de Cabedelo, na Grande João Pessoa, são um dos destinos urbanos litorâneos mais requisitados na Paraíba durante o verão. Com a maior ocupação de casas de veraneio, bares e restaurantes, moradores e turistas que frequentam a região sofrem com a falta d’água, energia, esgotamento sanitário e calçamento.
Proprietário de um bar à beira-mar da praia do Poço e morador de Cabedelo há mais de 10 anos, Antônio José Santos Cardoso, 38 anos, afirma que a falta de infraestrutura nas principais vias de trânsito de carros e pessoas - que ainda não foram pavimentadas pela prefeitura - nas praias de Cabedelo já é motivo de inúmeros contratempos em todas as épocas do ano, e piora ainda mais no verão.
“Se no inverno a rua vira um lamaçal que impede que todo mundo possa andar na rua, no verão tudo fica pior ainda com a poeira chata dos carros passando sem parar, deixando a casa toda suja e provocando doença em todo mundo. Isso sem falar nos buracos, que ameaçam os pedestres quando passam os carros”, comenta o comerciante.
Mesmo no verão, alguns moradores ainda convivem com o problema da lama. Na frente casa de veraneio da estudante de Direito Alice Guedes Pereira, 20 anos, uma grande poça impede que a família consiga sair a pé de casa. Sem vias de escoamento, a chuva de verão transformou a rua em uma piscina de lama.
Segundo a estudante, é impossível sair pela porta da frente.
“Para sair de casa, só de carro ou arrodeando pela saída que dá para a praia. Acho impressionante que numa área de alto padrão, a prefeitura não se preocupe em oferecer melhores serviços aos contribuintes”, comenta ela.
O secretário de Obras de Cabedelo, Eliomar Santos, alega que a Prefeitura de Cabedelo não dispõe de recursos suficientes para pavimentar a rua principal que começa na entrada da Praia do Poço e vai até o final de Camboinha, trecho no qual se percebe maior fluxo de carros e pedestres. “Não temos recursos para uma obra desse porte. Teríamos que contar com o incentivo do governo federal e estadual”.
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