VIDA URBANA
Funcionários da Chesf param em 3 cidades
Ação desencadeada nesta quinta-feira (24) resultará na interrupção de serviços administrativos e de manutenção corretiva.
Publicado em 25/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 23/01/2024 às 12:03
Aproximadamente 120 funcionários da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) da Paraíba, nas divisões de João Pessoa, Campina Grande e Coremas, aderiram à paralisação da categoria, para cobrar da direção da empresa o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de 2013. A ação foi desencadeada ontem e segue até hoje em todas as sedes do Nordeste. Estão sendo interrompidos serviços administrativos e de manutenção corretiva. Não haverá falta de energia durante o movimento, segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas da Paraíba (Stiupb).
De acordo com o presidente do Stiupb, Wilton Maia Velez, caso a direção não estabeleça diálogo com os trabalhadores, eles poderão decretar greve por tempo indeterminado. Ele completou que a Intersindical-NE, composta pelo Stiupb e mais oito sindicatos do Nordeste, reivindica da diretoria da Chesf o Cartão Global, benefício que dá ao trabalhador até 90% de desconto para compra à vista de remédios de marca e até 100% de desconto para a compra de medicamentos genéricos; implantação do banco de horas; prorrogação da validação do atual concurso da companhia, aplicação do benefício mínimo para os trabalhadores, pagamento do abono e do ticket refeição e a harmonização do Plano de Cargos e Remuneração (PCCR).
Outro problema apontado é o que o presidente define como “desmonte da Chesf”. Segundo Wilton Maia, a empresa está sendo dividida em setores para ser privatizada. “Quando uma empresa pública que funciona a exemplo da Chesf começa ser dividida em setores para privatizá-la, isto é um desmonte. Nos bastidores já está acontecendo, alguns serviços já estão sendo terceirizados. Mas o setor de energia é um setor estratégico nacional, assim como o abastecimento de água, não pode ser privatizado em hipótese nenhuma, tem que permanecer controlado pelo Estado. Se passar a ser controlado por empresa privada, que vai observar o serviço apenas como lucro, imagina como vai ficar o valor da tarifa?”, enfatizou.
Maia explicou que os funcionários que atuam na transmissão de energia, operando o sistema, não irão interromper as atividades. “Caso haja qualquer problema, temos uma equipe de plantão para resolver”, garantiu.
Conforme o presidente do Stiupb, o movimento também está acontecendo em outras regiões do Brasil, nas empresas que fazem parte do Sistema Eletrobrás, para tentar assegurar aos trabalhadores o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
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