VIDA URBANA
Cerca de 3,5 mil bancários da PB ameaçam greve para setembro
Categoria reivindica reajuste de 12,8%, piso do Dieese (R$ 2.297,51 em junho), realização de concurso e o fim dos correspondentes bancários. Segurança também está em pauta.
Publicado em 20/08/2011 às 8:02
Da Redação
Com Juliana Lichacovski, do Jornal da Paraíba
Cerca de 3.500 bancários do Banco do Brasil, na Paraíba, ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado no final de setembro caso a Federação Nacional de Bancos (Febraban) não atenda às reivindicações da categoria.
Na manhã de sexta-feira (19), a diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba, realizou o lançamento da campanha salarial dos bancários. A ação aconteceu na praça 1817, em João Pessoa, e contou com a participação do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que é funcionário do Banco do Brasil e ex-presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Dentre as reivindicações da classe, previstas no documento entregue à Febraban, estão o reajuste salarial de 12,8%, piso do Dieese (R$ 2.297,51 em junho), a realização de concurso e o fim dos correspondentes bancários.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques, a pauta de reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2011 foi entregue à Febraban pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), no dia 12 de agosto.
“Entregamos essa pauta antes mesmo do dia 31 de agosto, quando vence o acordo coletivo da categoria. Eles têm tempo de sobra para avaliar as propostas e chamar os bancários para a discussão. Caso contrário, deflagaremos greve no final de setembro”, diz ele, garantindo que a classe vai aguardar a divulgação do calendário de negociações.
Ele afirma que caso a Febraban convoque a classe, o primeiro tema a ser discutido será a segurança. Em seguida virão saúde, emprego e remuneração e sistema financeiro. Jurandir Pereira Filho, que é bancário e membro da diretoria do Sindicato dos Bancários destaca que o estresse e a falta de segurança nas agências são os principais problemas enfrentados pelos servidores.
“Além da elevação do piso salarial de R$ 1.600 para R$ 2.297, também queremos o fim das metas abusivas e das filas, taxas de juros mais baixas e o fim dos correspondentes bancários, que no futuro podem prejudicar os servidores bancários”, observa.
Para o deputado federal Ricardo Berzoini, a margem de lucro dos bancos é crescente e exorbitante e, mesmo assim, a realidade do atendimento não tem evoluído com a mesma forma. “Sou bancário e estamos juntos nessa luta”, afirma.
A assessoria de imprensa da Febraban informou, no entanto, que o órgão ainda não possui um calendário de negociações.
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