Servidores da Chesf em JP, CG e Coremas param atividades

Desde a última segunda-feira cerca de 80 trabalhadores da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) das cidades de Campina Grande, João Pessoa e Coremas paralisaram suas atividades em reivindicação ao pagamento de 1,30% referente à participação dos lucros da empresa que deveriam ter sidos pagos no mês passado. Com essa medida apenas a Central de Controle da empresa está em funcionamento, já que esse é um serviço essencial. Já os setores de linha de distribuição e o serviço administrativo não contaram com os funcionários.

Segundo explicou Adriano Teixeira da Silva, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias Urbanas da Paraíba (Stiupb), os servidores decidiram suspender as atividades pelo fato da empresa ter oferecido apenas 1,16% dos lucros captados ao longo do ano de 2014. Ele ainda afirmou que a suspensão desses serviços está acontecendo em vários estados brasileiros e que foram confirmadas que as Centrais Elétricas Brasileiras apresentaram lucros no ano passado.

“Primeiro a direção da empresa nos informou que não poderia confirmar o repasse da parte dos funcionários referente aos lucros do ano passado porque a Chesf teve prejuízo. Isso não existe. Ao longo de vários anos a Chesf deu lucro e as outras Centrais Elétricas que não tiveram acabaram pagando aos funcionários com o que a Chesf recebeu. Mas agora todas tiveram lucro e nós estamos cobrando o pagamento de um direito que todos os trabalhadores têm. Por isso decidimos suspender nossas atividades”, disse o vice-presidente do Stiupb.

Procurada pela reportagem do JORNAL DA PARAÍBA, a assessoria de imprensa da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, localizada na sede da empresa no Recife, explicou que devido a uma reunião entre os empresários da Eletrobras (empresa responsável pela Chesf) e a Federação Nacional dos Urbanitários, a Chesf ainda não se manifestará sobre o assunto. Os trabalhadores confirmaram que enquanto a reivindicação não for atendida eles não irão retornar às atividades. “Até não tivermos nosso pedido aceito, nós vamos continuar com a paralisação”, disse Adriano Teixeira.