VIDA URBANA
Sete escolas estaduais de Campina Grande vão contar com segurança particular
Medida foi tomada pelo Governo Estadual, em virtude dos registros frequentes de ocorrências violentas dentro e fora do ambiente escolar.
Publicado em 13/04/2016 às 13:08
O contexto de violência nas escolas púbicas de Campina Grande é uma realidade preocupante, que vem deixando alunos, professores e funcionários em uma situação de completa vulnerabilidade. Por conta disso, sete das 52 unidades da rede estadual de ensino vão contar com o apoio de segurança armada particular na cidade até o fim desse mês, de acordo com a 3ª Gerência Regional de Educação. A medida foi tomada pelo Governo Estadual, em virtude dos registros frequentes de ocorrências violentas dentro e fora do ambiente escolar.
Conforme o diretor do Núcleo de Assistência de Gestão Escolar da 3º regional, Murilo Florentino, a decisão de recorrer ao apoio da segurança armada particular em sete escolas da rede estadual se deu após ser constatado que os casos de violência estavam sendo registrados nas mesmas unidades. O objetivo dessa medida é coibir os crimes praticados nas instituições e no entorno delas."Se vai dar certo não se sabe ainda. A gente vai torcer para que aconteça tudo bem. Mas pelo nível de incidência de violência nessas escolas, a gente acha que isso pode resolver o problema. Pelo menos vai amenizar ao que se refere a assaltos", destacou o diretor.
Entre os casos de violência nas escolas os mais frequentes são arrombamentos, arrastões e assaltos, mas outros crimes também tiveram um grande destaque em instituições de ensino de Campina Grande nos últimos tempos, como foi o caso do assassinato do professor Eraldo César Araújo,48 anos, que foi morto no dia 12 de maio de 2015 dentro da Escola Estadual Major Veneziano, no bairro da Catingueira. Ele era professor de Educação Física da unidade escolar e de acordo com as investigações policiais, ele havia sido confundido com um albergado que prestava serviços no local.
Na semana anterior a esse crime, no dia 7 de maio, foi registrado o homicídio do estudante Wanderson Costa Merces, 18 anos, que foi assassinado a tiros dentro da Escola Estadual Anésio Leão, no bairro da Palmeira, também em Campina Grande. Ele foi morto enquanto jogava bola na quadra do colégio.
Conforme a 3ª Regional de Educação, caso a implementação da segurança particular nas unidades de ensino dê resultados positivos, a medida deve ser ampliada para outras escolas da rede estadual com o propósito de coibir esses crimes.
Para a diretora de comunicação do Sindicado dos Professores da Rede Estadual de Campina Grande (SINTEP-CG), Gerlane Maria Clementino, a entidade está de acordo com a adoção dessa medida. “A situação hoje está profundamente alarmante no que diz respeito aos casos de violência. Os professores estão com medo de estar nas escolas e os alunos também. Por conta disso, eu concordo com essa decisão e espero que ela seja estendida para as outras escolas”, frisou.
Confira as escolas que deverão contar com segurança armada particular em Campina Grande
Escola Estadual Professor Anésio Leão, no bairro da Palmeira
Escola Estadual Dom Hélder Câmara, no bairro do Santa Rosa
Escola Estadual Nenzinha Cunha Lima, no bairro do José Pinheiro
Escola Estadual Irmã Stefanie, no bairro das Três Irmãs
Escola Estadual Major Veneziano, no bairro das Catingueira
Escola Estadual Professor Antônio Oliveira, no bairro do Santa Rosa
Escola Estadual Deputado Álvaro Gaudêncio de Queiroz, no bairro das Malvinas
Fonte: 3ª Gerência Regional de Educação
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