VIDA URBANA
Reeducandos queimam colchões e fazem tumulto no Edson Mota
Polícia foi chamada para conter tumulto que começou no banho de sol.
Publicado em 02/02/2017 às 10:27
Menores infratores detidos no Centro Socioeducativo Edson Mota, em Mangabeira, deram início, na manhã desta quinta-feira (2), a um tumulto na unidade, por volta das 9h. Os reeducandos teriam tocado fogo em colchões e a polícia foi chamada para conter o que seria um princípio de rebelião.
De acordo com a polícia, não houveram reféns nem feridos. A Polícia Militar, no entanto, cercou toda a área e fez o bloqueio da rua. Pelo menos nove viaturas do Bope e do Gate estiveram no local para conter a situação. A rebelião foi encerrada por volta do meio dia.
Segundo o presidente da Fundac, Noaldo Meireles, não houve fugas e ninguém ficou ferido. Além disso, a investigação será aprofundada para verificar o que motivou a rebelião e a destruição de dois quartos e um auditório. “Foi uma atividade com o objetivo de provocar danos na unidade”, declarou.
Conforme de um funcionário do CSE que preferiu não se identificar, os agentes socioeducativos já estavam sabendo da rebelião, inclusive, por volta das 6h desta quarta-feira houve uma reunião com a diretoria para tratar do assunto. Os reeducandos diziam que queriam apenas 'quebrar tudo, bagunçar e não iam fugir', informou a fonte.
Conforme a informação repassada para a reportagem do JORNAL DA PARAÍBA, o tumulto iniciou no momento do banho de sol, quando os jovens são liberados. Eles destruíram o auditório colocando fogo no local. Depois seguiram para a cozinha, em seguida para o almoxarifado, sala de esportes, banheiros e lavanderia, provocando quebradeira em todos esses lugares. Eles ainda tocaram fogo na escola. Um agente socioeducativo ficou ferido, sem gravidade, na região do braço e foi encaminhado para um hospital de João Pessoa. Segundo o presidente da Fundac, os jovens responsáveis pela rebelião serão encaminhados para a degelacia, onde serão ouvidos e passarão por exame de corpo de delito, voltando para a unidade logo em seguida. “Também será implantada uma medida disciplinar e as visitas serão reservadas”, completou Noaldo Meireles.
Histórico de conflitos
No último dia 26 de dezembro, uma fuga foi registrada no Centro Socioeducativo, quando os internos escaparam do local pulando o muro. Já em novembro de 2016, um grupo de internos queimaram colchões e danificaram parte da estrutura da unidade quando, de acordo com o presidente da Fundação de Desenvolvimento da Criança e do Adolescente Alice de Almeida (Fundac), os internos conseguiram sair das alas danificando as colunas que fazem parte do sistema de ventilação dos quartos.
Em setembro do mesmo ano, um adolescente de 17 anos morreu após ficar ferido em uma confusão. Em estado grave, ele foi socorrido e levado para o Hospital de Emergência e Trauma da capital, mas não resistiu.
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