COTIDIANO
Funcionário público é preso na PB por extorquir usuários do Detran
Operação Sentinela: Antônio Tavares de Sá Filho, que é funcionário do órgão há 24 anos, abordava usuários do Detran em Sapé e cobrava taxas para intermediar serviços.
Publicado em 29/04/2011 às 7:19
Da Secom-PB
O Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba (Detran-PB), em parceria com a Delegacia de Sapé, deflagrou a Operação Sentinela na tarde desta quinta-feira (28). O objetivo era cumprir dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão. A operação resultou na prisão do ex-chefe da 8ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), Antônio Tavares de Sá Filho, que é funcionário do órgão há 24 anos. Participaram cerca de 20 policiais civis e agentes da Corregedoria do Detran-PB.
O corregedor, delegado Wallber Virgolino, informou queTonho do Detran se utilizava da função para interceptar, abordar e persuadir usuários em Sapé a resolver todas as pendências administrativas junto ao órgão por seu intermédio. Assim, além de reter o Certificado de Registro de Veículo (recibo dos veículos – carros e motos), se apropriava de valores referentes ao pagamento das taxas para regularização de pendências.
Antônio Tavares foi indiciado nos artigos 312 (peculato apropriação) e 316 (concussão), do Código Penal Brasileiro. Ele foi encaminhando para a Cadeia Pública de Sapé, onde está à disposição da Justiça.
O delegado Wallber Virgolino comentou que as investigações duraram cerca de dois meses e foram motivadas por denúncias de usuários que se tornaram vítimas de Tonho do Detran junto à Corregedoria. Os arquivos do órgão foram investigados e vários documentos foram apreendidos, entre recibos e documentos de veículos pertencentes a terceiros e usados na fraude.
Mais de 40 usuários foram vítimas de Tonho do Detran. O corregedor disse que o esquema funcionava da seguinte forma: no momento em que os usuários procuravam a 8ª Ciretran de Sapé, o servidor fazia a abordagem e oferecia seus serviços, argumentando que dessa forma conseguiriam resolver as pendências com mais rapidez e eficiência, sem precisar comparecer ao Detran, porque ele mesmo faria a entrega da documentação. Para isso, cobrava uma “taxa” (propina) alegando que seria para ajudar nos custos. Ele se apropriava dos CRV’s dos veículos dos usuários e se comprometia a pagar as taxas referentes às pendências administrativas junto ao órgão, como emplacamento e transferência. No entanto, não solucionava qualquer problema.
Wallber Virgolino comentou que a operação faz parte de uma investigação minuciosa promovida pelo Detran em todas as Ciretrans da Paraíba, no sentido de resgatar a credibilidade do órgão e dos funcionários que trabalham corretamente. E destacou: “As investigações continuarão e novas prisões irão ocorrer”.
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