ECONOMIA
81% das dívidas são inferiores a R$ 2.500
Indicador mensal de inadimplência calculado pelo SPC Brasil mostra que distribuição das dívidas em atraso por faixa de valor manteve-se estável.
Publicado em 21/01/2014 às 6:00 | Atualizado em 01/06/2023 às 16:35
Dados calculados pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) mostram que oito em cada dez dívidas não pagas em dezembro tinham valores inferior a R$ 2.500. Houve leve queda em dezembro na comparação com o mês anterior, quando o percentual de dívidas abaixo desse valor era de 81,2%, ante os 81% de dezembro, mas o indicador mensal de inadimplência calculado pelo SPC Brasil mostra que a distribuição das dívidas em atraso por faixa de valor manteve-se estável em dezembro de 2013 na comparação com meses anteriores.
Como consequência, houve uma pequena elevação na participação de registros de maior valor. A participação das faixas com dívidas acima de R$ 7,5 mil aumentou de 8,27% em novembro para 8,39% em dezembro.
Houve também um ligeiro recuo dos registros de inadimplência de até R$ 250, as quais passaram a representar 33% dos registros em dezembro contra 33,2% observado no mês anterior.
Na avaliação da economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues, a tendência para os próximos meses é de novas quedas na participação de dívidas de valores mais baixos, influenciadas, principalmente, pela inflação e crescimento da renda.
Assim como ocorreu nos meses anteriores, as mulheres continuam representando a maior parte dos inadimplentes: 55,53% dos negativados em dezembro, ao passo que os homens representam 44,47%. O levantamento também revela que a maior parte dos cadastros de negativados continua se concentrando na faixa de consumidores entre 25 e 49 anos: em dezembro, tal parcela representava 62,6% dos casos, ligeiramente acima dos 62,5% observados em novembro.
Segundo IBGE, indivíduos entre 25 e 49 anos correspondem a 53,3% população brasileira. “São pessoas que tendem a se encaixar no perfil de chefes de família, responsáveis por gastos maiores como aluguel, mensalidades escolares, e que nem sempre realizam planejamento financeiro”, explica a economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues.
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