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VIDA URBANA

Júri do 'Caso Asfora' só vai acontecer em 2013

Advogados dos réus pediram afastamento do caso e novo julgamento sobre morte do ex-governador foi marcado para março de 2013.

Publicado em 14/12/2012 às 6:00


O novo julgamento do 'Caso Asfora', em Campina Grande, que seria realizado ontem, foi adiado e o mistério que ronda a morte do ex-vice-governador da Paraíba Raimundo Yasbeck Asfora só deverá ser esclarecido no dia 21 de março de 2013. O julgamento do fotógrafo Marcelo Marcos da Silva e da viúva de Asfora, Gilvanete Vidal de Negreiros, acusados de envolvimento na morte, foi adiado depois que os advogados que defendiam os réus pediram afastamento.

Os novos advogados dos réus se apresentaram minutos antes da sessão ter início às 9h de ontem no Fórum Affonso Campos. O juiz Alberto Quaresma, do 2º Tribunal do Júri, aceitou o pedido de adiamento feito pelos novos defensores, que alegaram pouco tempo para analisar os 15 volumes que o processo acumula e marcou uma nova data para o julgamento.

A sessão de ontem chegou a ser iniciada na hora marcada.

Apenas um dos réus se apresentou, o fotógrafo Marcelo Marcos da Silva. Já a viúva de Asfora mudou de endereço e não pôde ser intimada e por isso não compareceu. O advogado Enriquimar Dutra da Silva, que defendia Marcelo, e o advogado Paulo Roberto Agra, que defendia Gilvanete Vidal, pediram afastamento do caso na última quarta-feira e foram substituídos na manhã de ontem pelos advogados Raimundo Tadeu Licarião Nogueira e Sheyner Yasbeck Asfora, filho de Asfora que irá defender a própria mãe.

O juiz Alberto Quaresma disse que para evitar novos adiamentos, nomeou dois defensores públicos que deverão assumir a defesa dos réus, caso algum dos advogados abandone o processo. Foram nomeados José de Oliveira Gangorra e Álvaro Gaudêncio Neto.

“O Judiciário quer o julgamento, mas a lei garante aos advogados o direito de renunciar ao caso, assim como garante aos réus o direito de constituir novos advogados. Mas houve por parte deste juízo a precaução de nomear dois defensores públicos que serão de imediato comunicados para assumirem a defesa dos acusados no caso da ausência ou desistência de qualquer um dos advogados”, disse o juiz Alberto Quaresma. O terceiro citado no processo, o caseiro João da Costa, faleceu.

Asfora foi encontrado morto com um tiro na cabeça no dia 6 de março de 1987 na granja Uirapuru, bairro de Bodocongó, em Campina Grande.

Imagem

Jornal da Paraíba

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