POLÍTICA
Legendas sem qualquer identidade
Troca de legendas no Brasil tem se tornando corriqueira.
Publicado em 27/10/2013 às 8:00 | Atualizado em 18/04/2023 às 17:26
Se o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciasse em rede nacional que estava deixando o Partido Democrata, abandonando suas bandeiras de luta e linha ideológica, para se filiar ao Republicano, ele estaria acabado politicamente, pois seria repudiado pelos eleitores das duas legendas. Fato idêntico ocorreria na França se o presidente François Hollande deixasse o Partido Socialista para ingressar em outra legenda. A observação é do cientista político Fábio Machado para quem, no Brasil, quase nada aconteceria, pois a troca de sigla é um fato corriqueiro, devido à fragilidade das instituições, entre elas, as legendas partidárias.
Fábio explica que a característica do partido moderno é ser de massa, aquele que tem densidade eleitoral nas massas. Ele citou legendas que representam segmentos importantes da sociedade, a exemplo do Partido Trabalhista, na Inglaterra; o Partido Social-Democrata, na Alemanha, Partido Socialista, na França; o Social Cristão, na Itália; Partido Democrata e Republicano. nos Estados Unidos.
“O PT foi o nosso grande sonho, um partido que emergiu do sindicalismo, que a gente achava que havia um diferencial enorme. No entanto, quando o PT assumiu o governo isso se dissipou, inclusive houve a famosa carta da campanha de Lula aos brasileiros, abrindo mão dos princípios do partido”, lembrou o cientista político.
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