VIDA URBANA
Moradores não fazem coleta seletiva em casa
Uma das alternativas viáveis é a reciclagem, que reduz o volume dos resíduos descartados e gera renda para pessoas carentes.
Publicado em 20/10/2011 às 6:30
O descarte do lixo é um problema que exige dos gestores públicos uma solução através de um trabalho conjunto com a sociedade. Uma das alternativas viáveis é a reciclagem, que reduz o volume dos resíduos descartados e gera renda para pessoas carentes.
Porém, apesar da rotina dura de trabalho dos catadores de lixo em busca de materiais recicláveis, outra situação que chama atenção é o descaso dos moradores no descarte do lixo. Dino Nunes, 57 anos, é morador do bairro da Ramadinha, em Campina Grande, e trabalha há cinco anos coletando lixo nos bairros da cidade. Ele disse que já perdeu as contas de quantas vezes se cortou com objetos descartados de forma inadequada. “As pessoas não têm consciência de que outros seres humanos sobrevivem do que eles descartam, jogam vidros, lata, já perdi a sensibilidade de três dedos devido a cortes durante o trabalho”, contou.
Dino foi um dos 40 catadores que participaram ontem, da oficina “Saúde e Lixo”, ministrada por profissionais da Secretaria de Saúde do município, além de professores e estudantes da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
Durante a oficina, os catadores e profissionais da Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) João Rique, em Bodocongó, receberam orientações sobre os riscos das doenças provocadas pelo contato direto com o lixo, como verminoses, doenças de pele, hepatite e até mesmo a Aids. Segundo Sandra Araújo, coordenadora do projeto Programa de Educação pelo Trabalho em Saúde (PET), “o lixo doméstico é composto por material perfurocortante que podem estar contaminadas e provocar danos à saúde dos catadores”, explicou.
O projeto prevê também a reeducação da população. Equipes do Programa Saúde da Família fizeram o trabalho de conscientização com a comunidade em geral.
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