VIDA URBANA
Cidades podem ficar sem água
Em greve desde o dia 16 e sem negociação com a Cagepa funcionários alertam para risco de interrupção no abastecimento.
Publicado em 27/06/2014 às 6:00 | Atualizado em 02/02/2024 às 11:08
Os funcionários da Companhia de Água e Esgoto da Paraíba (Cagepa) filiados ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas da Paraíba (Stiupb), promoveram mais uma mobilização na manhã de ontem em Campina Grande. Em greve desde o dia 16 e sem negociação com a direção da empresa, os trabalhadores afirmaram que o sistema de abastecimento de água pode ser afetado com a paralisação.
O presidente do Stiupb, Wilton Maia, informou que dos 3.100 funcionários da Cagepa, cerca de dois mil paralisaram suas atividades. Contudo, os serviços de tratamento e abastecimento de água estão mantidos. No entanto, ele não descartou o risco de interrupção nos trabalhos, caso as negociações não sejam retomadas.
“Nós temos mais de 30% dos funcionários trabalhando durante esse período da greve. Agora, se não houver nenhuma posição da diretoria, nós já trabalhamos em reduzir esse número. Não é nossa intenção, já que também seremos penalizados com a falta de água, mas a direção da Cagepa não quer mais negociar e a partir de agora vamos aguardar o Tribunal Regional do Trabalho nos convocar para que possamos negociar”, explicou Wilton Maia.
A proposta do sindicato é que a empresa aceite um reajuste de 15% no salário, enquanto que a direção da Cagepa oferece 6,54%. De acordo com o presidente da Companhia, Deusdete Queiroga, esse percentual oferecido pela Cagepa está acima da inflação e dentro das possibilidades da empresa. Ele apontou que tem buscado alternativas para evitar que o abastecimento de água seja interrompido.
“Nós chegamos ao nosso limite. Os grevistas estão radicalizando, e isso pode refletir na população que corre o risco de ficar sem água. Alguns trabalhadores estão se negando a ir trabalhar, e já encontramos dificuldades para solucionar problemas de vazamento em vários locais. Não houve nos últimos quatro anos perda salarial por conta da inflação, e nós propomos um reajuste imediato, sem parcelamento, como já negociamos em outras oportunidades”, destacou.
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