VIDA URBANA
Equipe já extraiu DNA em objetos inusitados
Publicado em 03/06/2012 às 7:00
A equipe do laboratório do Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC) já conseguiu extrair DNA em situações difíceis, como em um caso em que uma bermuda suja de sangue já havia sido lavada. “Neste caso nós descosturamos a bermuda e conseguimos encontrar no local onde fica a costura vestígios de sangue”, revelou a gerente Carmem Leda.
Amostras já foram coletadas em um ferro de passar roupa, utilizado pelo agressor para golpear a vítima. “As amostras de local de crime são variadas, então nós recebemos amostras de sangue, em roupas, em arma de fogo, arma branca, além de dentes e ossos para identificação humana. Trabalhamos com vários protocolos para extração do DNA e, de acordo com cada amostra, utilizamos um protocolo diferenciado”, explicou Carmem Leda.
Em um caso inusitado, um perito extraiu material genético preso ao aparelho ortodôntico de uma vítima de tentativa de estupro. “A garota foi abordada na Universidade Federal da Paraíba e conseguiu morder o agressor. Como o laboratório só funciona pela manhã e tarde, a vítima passou a noite inteira na delegacia, sem ingerir nada e no outro dia nós coletamos o material.
Fizemos o confronto genético e chegamos ao agressor, que foi detido”, contou.
O confronto genético elaborado pelo laboratório de DNA do IPC foi responsável por determinar a prisão de Fábio Pereira de Souza, acusado de ser o estuprador do Geisel. Na comparação foi comprovado que o material genético do suspeito era compatível com o encontrado no corpo das vítimas, três meninas. No laboratório também foi possível identificar três finlandeses vítimas de homicídio no município do Conde, litoral sul.
O setor conta com um banco de dados onde estão armazenadas várias amostras de DNA, entre elas a encontrada no corpo da adolescente Rebeca Cristina, que já foi submetida a cinco confrontos, todos com resultado negativo. “O material do agressor está arquivado e disponível para comparações”, disse Carmem Leda.
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