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COTIDIANO

Assassino atirou duas vezes, diz perícia sobre Mércia Nakashima

Criminoso usou mesma arma: cápsulas foram achadas no carro da vítima. Um tiro pegou o  braço e queixo e outro teria pego a mão. Mércia morreu afogada.

Publicado em 29/07/2010 às 12:28

Do G1

A tese da acusação de que Mércia Nakashima sofreu antes de morrer afogada ganhou força nesta semana com a descoberta da perícia de São Paulo de que o assassino da advogada atirou duas vezes dentro do carro da vítima. Já é certo que um dos tiros atingiu a mulher e, provavelmente, acertou o braço esquerdo e seu queixo.

Um pedaço da bala foi achado no assoalho do veículo. Um fragmento do segundo disparo foi encontrado no porta-malas. Os peritos ainda realizam testes para saber se ele atingiu Mércia. Existe a suspeita de que tenha pegado na mão direita dela porque alguns dedos não foram encontrados.

Depois de desaparecer em 23 de maio da casa dos avós em Guarulhos, na Grande SP, Mércia foi achada morta em 11 de junho numa represa em Nazaré Paulista, no interior do estado. O veículo onde ela estava havia sido localizado submerso um dia antes. Segundo a perícia, a advogada foi agredida, baleada, desmaiou e morreu afogada no mesmo dia em que sumiu. Ela não sabia nadar.

De acordo com a investigação, o ex-namorado da Mércia, o advogado e policial militar aposentado Mizael Bispo de Souza, e o funcionário dele, o vigia Evandro Bezerra Silva, são suspeitos de matar a advogada. Para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Mizael matou a mulher por ciúmes e o vigilante o ajudou na fuga. Mizael alega inocência. Evandro, que chegou a acusar o patrão e dizer que o ajudou a fugir, voltou atrás e falou que mentiu e confessou um crime do qual não participou porque foi torturado. Atualmente, o segurança está preso temporariamente num distrito policial em Guarulhos. O advogado continua solto.

Apesar disso, os dois suspeitos já foram indiciados pelo homicídio. O inquérito foi entregue pelo delegado Antônio de Olim, do DHPP, ao Fórum de Guarulhos. De lá, foi distribuído para o Ministério Público. O promotor Rodrigo Merli Antunes analisa o caso e informou que irá denunciar Mizael e Evandro pelo crime na segunda-feira (2). Nesse dia, ele também irá pedir à Justiça a prisão preventiva dos dois. O juiz Leandro Bittencourt Cano receberá os pedidos e decidirá se acolhe a denúncia ou solicitará mais diligências da polícia. Caso decida seguir adiante com o processo, o advogado e o vigia serão considerados réus.

Imagem

Jornal da Paraíba

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