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VIDA URBANA

Moradora de rua é estuprada na capital

Vítima também foi espancada e acusa o ex-companheiro. Corpo de Bombeiros chegou uma hora após a ocorrência

Publicado em 24/07/2014 às 7:00 | Atualizado em 07/02/2024 às 11:04

Uma moradora de rua foi espancada e estuprada no início da manhã de ontem na mesma rua em que fica localizado o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e a 2ª Delegacia Distrital, em João Pessoa. A mulher de 38 anos relatou que essa não era primeira vez que o fato acontecia e que o autor era o seu ex-companheiro.

Sentada em uma calçada relatando sentir fortes dores, a vítima foi socorrida por transeuntes, que contataram o Corpo de Bombeiros, que só chegou mais de uma hora depois da ocorrência.

“Eu sou de Natal, moro na rua há muitos anos e essa não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez que ele faz isso comigo. Eu quero sair daqui, está doendo tudo, muito”. Repetindo isso em voz alta constantemente, a vítima mostrou a vulnerabilidade do que é ser uma mulher e morar nas ruas.

Segundo a moradora de rua, a noite da última terça-feira foi normal, como todas as outras. Ela andou pela cidade, usou crack – pois ela também relatou ser viciada – e parou em uma casa abandonada para dormir sozinha. Quando o dia começou a amanhecer, seu ex-companheiro, que, conforme a moradora, se chama Luciano, chegou e a estuprou. Depois disso, começaram as agressões. “Foi murro, chute, tudo”, disse, aos prantos. “Eu acho que ele só parou porque começou a passar gente”, completou.

Mas demorou para a vítima ser socorrida na rua Dom Pedro I.Segundo o estudante Michael Livnston, que ajudou a moradora de rua, ninguém parava no local para prestar socorro. “Foi quando eu decidi parar e ajudar. Tentei ligar para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas ninguém atendia, então liguei para a polícia no 190, e eles disseram que direcionariam para os Bombeiros. Um policial passou por aqui também e reforçou o pedido”, relatou.

Conforme o estudante, era por volta das 6h45 quando ele efetuou a primeira ligação. A reportagem também ligou para o socorro, porém ninguém chegava e a vítima continuava a se lamentar de fortes dores. Por volta das 8h05, bombeiros chegaram em motocicletas para realizar os primeiros atendimentos. Às 8h09 ela foi levada por uma ambulância para o Hospital de Trauma.

“Eu acho que o socorro demorou porque era uma moradora de rua. Quando vocês da imprensa ligaram, eles decidiram vir. Eu senti, quando eu liguei da primeira vez, que, quando eu disse que ela era moradora de rua, eles não queriam mais mandar socorro.É um absurdo isso”, lamentou o estudante Michael Livnston, que socorreu Adriana.

De acordo com um dos oficiais que realizou os primeiros socorros, a ocorrência só tinha chegado ao conhecimento do Corpo de Bombeiros por volta das 7h55. O restante do tempo até a chegada das motocicletas foi devido à distância percorrida. A reportagem ainda tentou entrar em contato com a assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros, porém nenhuma das inúmeras ligações feitas foi atendida.

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Jornal da Paraíba

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