Sem mágoa, Iraê Lucena diz que também foi traída

Da Redação

A deputada estadual pelo PMDB Iraê Lucena rebateu, nesta segunda-feira (27) em entrevista ao programa Paraíba Agora na 101 FM, as críticas do governador peemedebista José Maranhão que a chamou de traidora durante entrevista coletiva concedida hoje no Palácio da Redenção. Ela disse que é a maneira dele pensar e que respeita. "Eu também tenho minhas mágoas, também passei por traição, mas não é meu estilo sair atirando”.

A mágoa do governador estaria relacionada ao apoio público da deputada do seu partido ao governador eleito Ricardo Coutinho (PSB). Ele teria disse que “Iraê já ganhou seu prêmio pela traição, sugiro que ela mude para o PSB agora”. A premiação a aqual Maranhão se refere seria uma alusão a nomeação como futura secretária de Estado das Mulheres e da Diversidade Humana, pasta criada por Coutinho para o governo dele a partir de 1º de janeiro de 2011.

Sobre esse assunto, a futura secretária disse ainda que teria comunicado aos integrantes do partido o seu apoio político ao adversário. E arrematou o tema dizendo que “tem que haver renovação no PMDB”.

Já em relação a sua disposição para continuar no PMDB e à possibilidade de ser expulsa do partido por ter infligido o artigo que obriga os filiados a apoiarem os seus candidatos quando existirem, ela falou que “se eu não estiver me sentido bem no partido, não tem como continuar, mas até então... Se vão me expulsar, também vão ser expulsos Pedro Simon, Jarbas Vasconcelos, o governador de Santa Catarina (Luís Henrique) que divergiram do partido“.

Segundo a deputada, “o próprio Michel Temer [presidente nacional do PMDB] fez artigo para a Folha de SP, dizendo que os que não seguirem as orientações partidárias, o partido não vai perseguir o mandato”, concluiu.