VIDA URBANA
Igrejas da capital são referências da arquitetura barroca
Convento de Santo Antônio e a Igreja de São Francisco estão entre os maiores monumentos barrocos da América Latina.
Publicado em 25/09/2011 às 8:00
João Pessoa não apenas possui as primeiras igrejas da história da Paraíba, como também é uma cidade referência em arquiteturas barrocas. É que contam os pesquisadores Maria de Lourdes Silva e Ricardo Grisi, que realizaram uma pesquisa sobre o assunto.
Segundo eles, o Convento de Santo Antônio e a Igreja de São Francisco estão entre os maiores monumentos barrocos da América Latina. Os prédios ficam no Centro da Capital e possuem quase 422 anos de idade. A obra foi feita pelas mãos dos franciscanos. Além dessas duas construções, os missionários deixaram outros prédios que retratam até hoje história daquela época.
O historiador Hidelbrando Alves de Lima, que escreveu dissertação de mestrado sobre as ordens religiosas, acrescenta que os grupos se instalaram nas extremidades do Centro de João Pessoa.
Coincidentemente, a ocupação geográfica seguiu um desenho de cruz. “Ao sul, ficaram os jesuítas; ao norte, os franciscanos; ao leste, os carmelitas; e ao oeste, os beneditinos”, detalha.
Na praça Dom Adauto, por exemplo, local escolhido pelos carmelitas, há quatro prédios erguidos por eles. No imóvel onde hoje funciona a Arquidiocese da Paraíba, no passado abrigou o convento das Carmelitas. Na área também foi erguida a Igreja do Carmo e uma outra propriedade que é ocupada atualmente pelo Instituto São José. Os imóveis foram construídos no século 18.
Já os jesuítas escolheram a área onde hoje é a Praça dos Três Poderes. No local, eles fizeram o prédio conhecido como “Palácio do Governo”. A obra abrigava um convento e a igreja Nossa Senhora de Nazaré do Almagre. No entanto, a igreja foi derrubada em 1929 para ceder espaço a um jardim e ao túmulo do ex-presidente João Pessoa.
Também faz parte das construções as instalações da atual Faculdade de Direito da Universidade Federal da Paraíba.
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