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VIDA URBANA

CG recebe R$ 144 milhões por ano para a saúde

Apesar de elevado, gestores dizem que valor é insuficiente, devido a demanda.

Publicado em 11/03/2012 às 8:00


Campina Grande recebe mensalmente R$ 12 milhões do Governo Federal para investir nos serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por ano, esse valor alcança a marca de R$ 144 milhões. Achou muito? Para o governo municipal essas cifras ainda estão muito aquém da necessidade da cidade, que além de ser responsável por atender sua população, que se aproxima dos 400 mil habitantes, ainda é polo de atendimento para os moradores de quase 150 municípios que são atendidos pelas unidades de saúde da Rainha da Borborema.

Segundo a secretária de Saúde da cidade, Tatiana Medeiros, o ponto chave para interpretar o cenário do atendimento médico não é se restringir apenas ao atendimento hospitalar. Ela explica que para a conta da saúde fechar mensalmente é necessário agregar atendimentos de baixa, média e alta complexidade, o que de acordo com a gestora, se transforma em um cálculo que vai além das consultas, cirurgias e atendimentos de urgência de uma unidade médica.

“É muito difícil dizer qual o valor necessário para que o atendimento do SUS alcance aquilo que todos querem. São muitos serviços, muitas especialidades oferecidas e nós temos que buscar ajustar da melhor forma como administrar essa superestrutura porque essa conta não fecha, sempre precisamos complementá-la”, explicou a secretária.

Acerca dos serviços oferecidos pelas unidades médicas, a saúde pública de Campina Grande dispõe na atenção básica de estratégia de Saúde da Família (antigo PFS), equipes de saúde bucal, centro de saúde auditiva e apoio à pessoa com necessidades especiais, centro de testagem e aconselhamento para pacientes com suspeita de hepatite e HIV, tratamento de hanseníase, infectologia, saúde do trabalhador, saúde mental e consultório itinerante.

“Nós conseguimos dar uma virada nos últimos anos.

Aumentamos o número de profissionais no Saúde da Família, as unidades dos bairros, as equipes médicas necessárias que hoje atendem 86% da população de Campina Grande, e com a previsão de atingirmos 100% ainda esse ano. Ainda falta muita coisa, nós sabemos, mas há setores que também precisam de uma contrapartida do Governo Federal e Estadual”, disse Tatiana, que apontou a instalação do controle de rádio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que segundo ela é uma competência do Executivo estadual.

Outra unidade de saúde que também é uma das principais responsáveis para o investimento mensal através dos recursos do SUS é o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea).

Maternidade referência na região, o local foi reformado e ampliado no ano passado, onde foi criada uma UTI Neonatal, um novo ambulatório e nova parte administrativa, além da ala de alto risco, e de uma UTI materna que será inaugurada em breve.

“O investimento no Isea foi de R$ 3,5 milhões e ainda vamos ampliar o atendimento com os testes do Olhinho, Pezinho, Orelhinha e do Coraçãozinho que estamos fazendo após uma parceria com o Real Hospital Português de Recife”, explicou Tatiana Medeiros.

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Jornal da Paraíba

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