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VIDA URBANA

Camará: R$ 10 mil para cada vítima

Dezenas de famílias prejudicadas com a tragédia da Barragem de Camará ainda aguardam o pagamento de indenizações.

Publicado em 01/04/2012 às 17:00

Quase oito anos após o rompimento da Barragem de Camará, em Alagoa Grande, dezenas de famílias prejudicadas com a tragédia ainda aguardam o pagamento de indenizações. Em uma noite chuvosa, o reservatório construído para armazenar 25,5 milhões de metros cúbicos de água estourou quando o volume atingiu 17 milhões. A 'tragédia de Camará', como ficou conhecida, deixou o saldo de cinco pessoas mortas, três mil pessoas desabrigadas e cerca de 1,8 mil famílias atingidas.

Em dezembro de 2009, a juíza da comarca de Alagoinha, Inês Cristina Selbmann, condenou o Governo do Estado a pagar R$ 10 mil a cada vítima da tragédia causada pelo rompimento da barragem.

O valor totalizou R$ 1,85 milhão a título de indenização por danos morais, além do valor correspondente ao dano material. Na ação, os autores alegaram negligência e imprudência do Poder Público estadual. A indenização, segundo a juíza, tem o objetivo de amenizar a dor e o sofrimento das vítimas.

Na casa da aposentada Josefa Lemos, a água danificou todos os móveis e algumas paredes. A casa teve de ser reconstruída, mas ela recebeu apenas R$ 4,5 mil de indenização, que mal deu para levantar novamente as paredes da casa. Sem alternativa, a aposentada teve de fazer um empréstimo para concluir a reforma e comprar alguns móveis. Como se não bastassem as perdas materiais, a aposentada também perdeu a tia de 80 anos, que se recusou a sair de casa na hora que a água saiu levando tudo.

Um ano depois da tragédia, 78 famílias ainda aguardavam indenização. Muitas pessoas tiveram de recomeçar do zero. Além da vida, pouca coisa havia sobrado. Em alguns casos, a Justiça concedeu indenização por danos morais. Foi o que aconteceu em dezembro de 2009, quando João Silvino Alves, vítima da tragédia, ganhou a causa com direito a receber o valor de R$ 10 mil.

A sentença de 1º grau concedia menos da metade deste valor: R$ 4 mil. João Silvino perdeu absolutamente todos os bens materiais que possuía e teve de enfrentar o desespero de ver a casa sendo inundada.

Vítimas do acidente da Lagoa do Parque Solon de Lucena, em agosto de 1975, tiveram de esperar anos e anos para receber as indenizações, algumas irrisórias.

A mãe de um soldado ganhou o direito, 10 anos depois, de receber uma pensão vitalícia de 1,5 salário mínimo pela morte do filho que estava na embarcação. O acidente ocorreu em meio às comemorações do Dia do Soldado.

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Jornal da Paraíba

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