VIDA URBANA
Apesar de antigos, municípios paraibanos continuam sem hino definido
Aguiar e Serra Grande são exemplos de cidades sem o símbolo. Famup não tem levantamento de quantos lugares estão na situação.
Publicado em 13/12/2015 às 8:00
Conhecer a história do local onde nasceu, a bandeira e saber cantar o hino do município. Estes são alguns dos principais símbolos que ajudam qualquer criança a construir seus referenciais de identidade e do sentimento de que pertence a um lugar. Mas para os 5.583 habitantes de Aguiar, na região do Sertão, esse conjunto de símbolos está incompleto porque mesmo tendo sido criado há 54 anos o município ainda não definiu seu hino.
Segundo a Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), não existe um levantamento preciso do problema. “Acredito que o problema exista apenas nos municípios mais novos, com cerca de 20 anos, porque o hino é muito importante para que a população se identifique com o local onde nasceu”, explica o presidente da entidade, José Antônio Vasconcelos (Tota Guedes).
O prefeito de Aguiar, Alan Felipe Filho, revela que sua gestão se preocupou em resgatar a história do município e produziu e publicou um livro sobre o tema, mas não percebeu a necessidade da cidade possuir um hino. “Não sentimos falta deste símbolo. No Dia da Independência e nas solenidades cantamos os hinos do Brasil e da Paraíba, mas não nos lembramos do nosso hino”, admitiu.
Se em Aguiar nenhuma iniciativa foi até agora adotada para solucionar a falta de um hino da cidade, em Serra Grande, município próximo, a prefeitura tenta selecionar propostas e ainda não conseguiu pela segunda vez aprovar nenhuma. O prefeito Jairo Halley explica que lançou seleção pública, mas nenhuma proposta conseguiu se enquadrar nos critérios. “Vamos remodelar o edital para tentar conseguir as propostas, mas isso só em 2016”, assegura.
Em Serra Grande, boa parte da população conhece e canta um hino não oficial, levado para a cidade por uma professora de uma escola pública municipal. “O hino, na verdade, era de uma escola de Itaporanga. Com música e melodia iguais. Só mudava a letra”, explica Jairo Harlley, que também é músico. Já em Pedra Branca o hino foi aprovado em 2011 pela Câmara, mas a composição só foi gravada e divulgada em 2014.
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