CULTURA
Retratista por excelência
Nascido em Natal e considerado um gênio da fotografia , José Carlos Lyra, morto em 1983, completaria hoje 100 anos.
Publicado em 31/10/2012 às 6:00
Um gênio absoluto. É assim que o artista plástico Flávio Tavares define José Carlos Lyra (1912 - 1983), retratista e paisagista que completaria hoje 100 anos. “Além de grande fotógrafo, muito acima da média nacional, ele tinha um talento como retratista que era uma coisa excepcional. Era como se fosse um Rembrandt ressuscitado. Ele tinha uma técnica muito clássica, nobre”, comentou Tavares.
Lyra nasceu em Natal, no Rio Grande do Norte, em 31 de outubro de 1912. Ele começou a fazer desenhos aos sete anos e aos 12 já desenhava personagens da sociedade e caricaturas.
Chegou em João Pessoa em 1930, a convite de um tio, e fixou residência na capital paraibana em 1938, quando fundou um laboratório fotográfico, onde era comercializado material para fotografia e pintura em geral.
Na década de 1940, ele se juntou a outros artistas como Olívio Pinto, João Pinto Serrano, Leon Clerot, Hermano José e Arnaldo Tavares (pai de Flávio) para fundar o Centro de Artes Plásticas (CAP) em 1946. O local virou referência para o ensino das artes plásticas na cidade. Lyra morreu aos 70 anos, em 11 de setembro de 1983.
Mesmo sendo fotógrafo e também escultor, sua maior especialidade sempre foi o retrato. Ele é o autor de grande parte das imagens dos governadores da Paraíba, expostas nas paredes do Palácio da Redenção. Também foi responsável por registrar, em óleo sobre tela, artistas e personalidades da sociedade paraibana.
“Ele fazia o rosto da pessoa sem precisar de carvão ou grafite. Era alla prima, como diz o italiano. Ele já ia com o pincel, sem precisar de esboço”, explicou Flávio Tavares.
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