ECONOMIA
87% das indústrias da Paraíba não têm gestão energética
No Nordeste, a menor tarifa média de fornecimento com impostos mais em conta é a de Sulgipe (R$ 318,53), em Sergipe.
Publicado em 31/01/2016 às 8:00
A tarifa da energia elétrica para a indústria custa em média R$ 377,64 por megawatt/hora na Paraíba. Segundo o diretor-presidente da Energisa na Paraíba, André Theobald, o valor é um dos menores do país, abaixo inclusive de Estados do Nordeste. Em 2015, porém, com os forte reajustes no setor e a crise energética, o consumo industrial no Estado teve uma queda de 11,1% sobre 2014. Mesmo com o peso do custo da energia no setor, Theobald reforça que a Paraíba é competitiva no que se refere ao sistema energético e alerta para a falta gestão e do uso de eficiência energética dos empresários paraibanos.
No ranking da Aneel, o custo médio da Paraíba é competitivo. No Nordeste, a menor tarifa média de fornecimento com impostos mais em conta é a de Sulgipe (R$ 318,53), em Sergipe. (Veja o quadro completo) .
Segundo Theobald, no ano passado, a concessionária lançou uma Camada Pública aos empresários da Paraíba para que apresentassem um projeto de eficiência energética que reduzisse em pelo menos 20% o consumo no empreendimento. Em troca, receberiam da Energisa R$ 400 mil. “Mesmo com este incentivo, apenas um empresário enviou o projeto. Na Paraíba, 87% das indústrias não fazem gestão do seu consumo”. Ou seja, não buscam eficiência energética.
Mas segundo o vice-presidente da Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep-PB), Magno Rossi, o Brasil tem uma das tarifas de energia mais caras do mundo e por isso perdem competitividade. “A divulgação da Chamada Pública do ano passado foi feita com um prazo muito curto para os empresários realizarem o projeto. Eles tiveram apenas 45 dias para fazer o estudo e atender uma série de burocracias”.
Apesar das queixas dos empresários paraibanos sobre o custo da taxa da energia elétrica, Theobald destacou que os reajustes ocorridos no ano passado não impedem a chegada ou expansão de novos empreendimentos no Estado este ano.
Para ele, o Estado permanece atrativo na captação de novos negócios do ponto de vista energético porque não falta insumo nesta área, a concessionária tem credibilidade no mercado e, apesar de não oferecerem incentivos fiscais, têm preço relativamente baixo da tarifa.
Para impulsionar os novos negócios, o Grupo Energisa ainda irá desenvolver neste primeiro semestre workshop para incentivar os empreendedores e público em geral de como reduzir custo da energia elétrica, mesmo com os aumentos no serviço elétrico.
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