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VIDA URBANA

Comer fora de casa pode ser risco à saúde

Somente no ano passado 23 estabelecimentos foram interditados e  57 multas aplicadas pela Vigilância Sanitária de João Pessoa.

Publicado em 15/03/2014 às 6:00 | Atualizado em 18/07/2023 às 14:32

Para muitos paraibanos, comer fora de casa é a única opção em meio ao corre-corre do dia a dia. Seja um lanche ou um almoço em restaurante ou marmita, uma alimentação sem atentar para a forma de preparo, armazenamento e local apropriados pode acarretar sérios riscos para a saúde. Por isso muito cuidado se deve ter na hora de comer fora de casa.

Segundo dados da Vigilância Sanitária Municipal, somente no ano passado 23 estabelecimentos foram interditados e foram aplicadas 57 multas em locais que apresentavam condições inadequadas na capital.

De acordo com o gerente da Vigilância Sanitária de João Pessoa, Alberto dos Santos, 625 serviços de alimentação foram inspecionados no ano passado. Destes, apenas 215 estabelecimentos eram licenciados sanitariamente.

“Posso dizer que a situação da comercialização de alimentos nas ruas nos preocupa bastante. Nós realizamos inspeções nos estabelecimentos regulados duas vezes por ano. Também realizamos ações pontuais para fiscalizar o comércio informal além de atendermos às denúncias da população”, explicou.

Segundo o gerente, os principais problemas encontrados vão desde desrespeito com as condições higiênico-sanitárias até a manipulação inadequada e instalação de comércios em locais inadequados.

“Nós nos preocupamos muito porque as pessoas que consomem alimentos preparados e acondicionados em locais inadequados podem contrair várias doenças, desde uma intoxicação alimentar simples (doenças diarreicas) ou contrair bactérias do tipo salmonella que podem levar a óbito”, afirmou.

De acordo com especialistas, descuidos com a alimentação podem ocasionar desde uma simples gastrite até câncer. De acordo com a nutricionista Cristiane Mendes, dentre os maiores riscos de uma alimentação improvisada está a proliferação de bactérias. “Esse é o maior risco porque a manipulação e conservação inadequadas dos alimentos podem ativar o crescimento desses organismos e consumir as defesas naturais com o passar do tempo”, alertou.

A escolha de um local adequado para se alimentar também deve ser uma preocupação na hora das refeições, conforme Cristiane. “Além de não se fazer uma boa mastigação, dependendo do local, a poluição pode chegar até os alimentos e as consequências podem ir de problemas de estômago como gastrites e úlceras até à produção de bactérias ruins que afetam a mucosa intestinal trazendo uma irritação que, ao longo dos anos, pode levar até a um câncer”, afirmou.

A procedência de marmitas e comidas de restaurante também deve ser averiguada com atenção.

“A manipulação, higiene e armazenamento desses alimentos são os principais pontos a serem atentados. Nos restaurantes se deve observar as pessoas que preparam os alimentos, se estão com luvas, toucas, se a salada está resfriada. Com as marmitas da mesma forma, é preciso saber os cuidados com o preparo”, informou.

HIGIENE DO LOCAL DEVE SER OBSERVADA

Uma pessoa habituada a comer na rua é a assistente de eventos Jacqueline Elisiário. Ela trabalha oito horas por dia e tem apenas uma hora reservada para o almoço. Devido à correria, a única coisa que a assistente observa é a higiene do local onde ficam os alimentos.

“Eu acho muito importante observar tudo, mas não vejo coisas como conservação e o preparo porque não tenho tempo. A pressa me impede de prestar mais atenção, infelizmente”, relatou.

O descuido com a alimentação já fez Jacqueline passar por diversos transtornos. “Eu queria ter mais tempo para averiguar os alimentos. Eu já passei mal por causa de um purê de macaxeira que comi na rua. Já que não tenho muito tempo, tento pelo menos sempre ir no mesmo lugar para não passar por isso novamente”, declarou.

Diferentemente da assistente de eventos, a cabeleireira Nara Machado sempre busca uma estratégia para observar se o local possui uma alimentação adequada. “Eu sempre dou um jeito de chegar próximo à cozinha para verificar a forma de preparo dos alimentos que consumirei”, disse.

Apesar de todos os cuidados, Nara também já passou mal devido a um suco que tomou fora de casa. “Eu tomei um suco num lugar que eu até conhecia e passei mal a noite inteira. Às vezes tem coisas que eles guardam de um dia para o outro e a gente não tem nem como observar. Mas, dentro do que dá, eu fico atenta, porque comer fora às vezes é minha única opção”, afirmou.

Para garantir que os clientes tenham uma alimentação higiênica e bem preparada, muitos locais seguem à risca cuidados essenciais no momento do preparo. Um exemplo é a marmitaria Marmitex. O estabelecimento fornece quentinhas para empresas bem como para a população de modo geral.

De acordo com uma das proprietárias da empresa, Nadir Maia, uma das donas é nutricionista e ela sempre busca se atualizar, bem como todos os funcionários, para oferecer um serviço de qualidade a todos. “A gente usa sempre luvas, toucas, óculos de proteção, temos acompanhamento nutricional, tudo para garantir um produto de qualidade”, explicou.

Segundo Nadir, muitas pessoas já relataram terem passado mal devido a alguma marmita consumida na rua. “Em toda esquina tem alguém que faz quentinha, muitas vezes de qualquer jeito, então aqui a gente busca esse diferencial e as pessoas sentem a diferença”, completou.

Para garantir um serviço de qualidade, o gerente da Vigilância Sanitária Municipal orienta todos a serem também fiscalizadores desse serviço. “As pessoas podem exigir, dos estabelecimentos licenciados, que eles apresentem a licença sanitária. E, caso constatem qualquer anormalidade sanitária, eles podem denunciar através do nosso Disk Denúncia, o 0800-281-4020”, orientou.

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Jornal da Paraíba

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