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VIDA URBANA

Protesto fecha shopping e lojas em João Pessoa

Cerca de 80 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, participaram de um protesto na tarde de ontem em frente ao Shopping Tambiá.

Publicado em 24/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 18/04/2023 às 17:25

Cerca de 80 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, participaram de um protesto na tarde de ontem em frente ao Shopping Tambiá, instalado no bairro de mesmo nome, em João Pessoa. Usando latas, tambores, faixas e cartazes, eles acusaram o estabelecimento comercial de praticar racismo e preconceito contra clientes negros, pobres e homossexuais.

Segundo eles, o centro comercial estaria proibindo a entrada de jovens negros e mal vestidos às quartas-feiras, alegando que eles vão ao local com a intenção de praticar furtos e tumultos.

Também acusaram seguranças do estabelecimento de agressões físicas e verbais durante um confronto ocorrido na semana passada.

Durante quase duas horas, os manifestantes cantaram, dançaram e gritaram palavras de ordem em frente à porta principal do prédio, que fechou as portas antecipadamente.


Apesar do protesto só ter ocorrido às 16h30, o shopping deixou de funcionar três horas mais cedo. O empreendimento liberou os funcionários, protegeu as portas de vidro com tábuas de madeira e fixou um cordão de isolamento na entrada principal.

Seguranças particulares, portando cassetetes, ficaram a postos em frente ao comercial.

Na rua, outras lojas próximas ao Tambiá também fecharam as portas antes do previsto. O trânsito ficou congestionado e agentes da Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob) precisaram fazer desvios e bloqueios. Vinte policiais militares acompanharam a movimentação, mas não houve confronto.

A mobilização foi convocada por redes sociais e organizada por integrantes do Movimento Levante Popular de Juventude. Teve ainda a presença de membros da Comissão Estadual de Direitos Humanos (CEDH) e da Fundação de Desenvolvimento da Criança (Funad).

Segundo os manifestantes, os seguranças do shopping agiram com violência na última quarta-feira, dia 16, durante um encontro de jovens que ocorria na praça de alimentação do Tambiá.

“O Movimento soube da proibição feita pelo shopping e resolveu fazer a denúncia em voz alta na praça de alimentação. Os seguranças começaram a agredir fisicamente os manifestantes.

Chamaram a polícia, que levou nossos colegas algemados para a delegacia.”, contou Carlos Schneider, integrante do Movimento Levante Popular de Juventude.
O que diz o Shopping

Por meio de nota, a direção do shopping informou que antecipou o fechamento do prédio para garantir a segurança dos clientes e funcionários. O estabelecimento admitiu que realiza um controle rígido de acesso, mas apenas às quartas-feiras, no horário entre 15h e 18h. A direção negou que pratique algum ato de discriminação.

O empreendimento ainda destacou que “esse controle foi implantado para garantir a segurança dos usuários, pois nos últimos anos, conforme noticiado na imprensa, as quartas-feiras têm sido palco do agendamento de confrontos entre grupos”. A direção ressalta o pioneirismo no processo de valorização e revitalização do centro da cidade.

O QUE DIZ A PM

Segundo o subcomandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, major Oscar Beuttnmulher, o estabelecimento resolveu proibir a entrada de alguns clientes por conta de tumultos ocorridos dentro do prédio.

Ele explicou que jovens envolvidos com facções criminosas costumam se deslocar até o shopping às quartas-feiras para frequentar o cinema e, quando saem, provocam brigas e furtos nas lojas. A situação já foi comunicada ao Ministério Público da Paraíba. “Houve uma audiência hoje (ontem) pela manhã para debater isso”, afirmou.

Para alguns clientes, o problema precisa ser resolvido com cautela. O servidor público Thiago Guedes disse que já presenciou brigas dentro do shopping, mas acredita que proibir a entrada de alguns jovens é uma medida exagerada. “A segurança poderia ser reforçada às quartas-feiras”, sugeriu.

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Jornal da Paraíba

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