VIDA URBANA
Homens enfrentam problemas na hora do sexo
Sociedade Brasileira de Urologia revela que 50% dos homens com mais de 40 anos têm disfunção erétil, mas poucos procuram o médico.
Publicado em 21/10/2012 às 13:00
Diversos problemas sexuais impedem que os homens tenham uma qualidade de vida mais elevada e um melhor relacionamento com a esposa. No entanto, as disfunções têm tratamento, bastando, apenas, que os homens se libertem do medo e da vergonha e procurem auxílio médico.
Segundo o urologista Eduardo Bertero, a disfunção erétil (dificuldade de obter ou manter uma ereção satisfatória para uma relação sexual) e a ejaculação precoce (quando o orgasmo ocorre involuntariamente e foge totalmente ao controle do homem) são os problemas sexuais mais comuns e que demandam diagnóstico e assistência adequados.
“A disfunção tem que estar presente por pelo menos seis meses, caso contrário, ela pode estar sendo confundida com falhas ocasionais”, alertou o especialista, ao explicar que o distúrbio pode ser decorrente tanto de fatores psicológicos quanto orgânicos. “Existe uma ansiedade de desempenho. Por exemplo: um indivíduo, que tem muita vontade de mostrar para parceira que é capaz, pode ter dificuldade de ereção”, comentou o médico.
O problema acontece, ainda, quando um homem fica viúvo. “Ele não consegue ter a ereção como tinha com a parceira que faleceu”, disse Eduardo Bertero. Em se tratando dos fatores orgânicos, doenças como diabetes, hipertensão arterial, obesidade, tabagismo e aumento do colesterol aparecem como fatores de risco e motivadores do distúrbio. “A própria idade é um fator de risco. Quanto mais velho, maiores as chances do homem apresentar o problema”, afirmou Bertero.
Conforme a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a disfunção erétil atinge 50% dos homens acima de 40 anos. Já a ejaculação precoce, presente em todas as idades – sendo mais prevalente nos jovens –, atinge mais de 25% dos brasileiros. “A ejaculação precoce também está relacionada às questões emocionais, como a ansiedade”, disse o urologista.
Ele ressaltou, ainda, que a prevenção aos distúrbios está em hábitos de vida saudáveis: alimentação balanceada, prática de exercícios e, sobretudo, evitar o alcoolismo e o tabagismo. “Tudo isso perpetua a saúde sexual do cidadão”, garantiu Bertero.
TABU
O tabu da virilidade ainda faz com que muitos homens deixem de procurar tratamento para problemas sexuais. Segundo dados repassados pela Sociedade Brasileira de Urologia, menos de 10% dos cidadãos que são acometidos por disfunção erétil procuram auxílio médico. Nesse processo, o incentivo e a compreensão das companheiras é fundamental.
“Muitas esposas ligam para mim e marcam as consultas para o marido. Essa é a atitude correta, pois a parceira não pode menosprezar o problema do companheiro - ela tem que chamá-lo para conversar”, orientou Eduardo Bertero, que valoriza o incentivo da mulher. “Entendo que a mulher é muito sensível e se o homem não conversa sobre o problema, ela pode pensar que ele tem uma parceira fora”, diz Bertero.
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