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CULTURA

Na cabeça de Brennand

Documentário sobre o artista plástico Francisco Brennan entra em cartaz nesta sexta-feira (22), no CinEspaço, em João Pessoa.

Publicado em 22/03/2013 às 6:00


“Isso aqui não deixa de ser uma cidadela sitiada. Às vezes, eu tenho uma mania de defesa e isso fecha a cidadela com todos os seus mistérios”, afirma o recluso artista plástico Francisco Brennand para o documentário batizado com seu nome, que entra em cartaz a partir de hoje, no CinEspaço, em João Pessoa.

O pernambucano “reinventor de mitos”, de acordo com o poeta Ferreira Gullar, vive no seu ateliê-oficina, um templo de esculturas construído nas ruínas de uma velha fábrica de cerâmica, no meio da mata do bairro da Várzea do Capibaribe, no Recife.

Apesar do renomado artista ser seu tio-avô, a diretora Mariana Brennand Fortes decidiu fazer o documentário pelo desejo de entender o distanciamento daquele senhor de 85 anos, que reside naquele espaço rico que ela visitava quando criança.

“Não tinha um documentário de longa-metragem para o cinema sobre ele”, justifica a realizadora.

Quando se mudou do Rio de Janeiro para o Recife, Mariana conta que o primeiro dia de rotina das filmagens de Francisco Brennand partiu de suas pesquisas, mas quando foi a primeira vez que teve contato com os diários do tio-avô, onde ele reescreve sua vida há mais de 60 anos, a produção mudou de figura, inspirada agora no que estava escrito naquelas mais de mil páginas. “Foi uma oportunidade única de ver o universo interior do artista”, explica. “É ver o Brennand de dentro pra fora”.

A partir desse novo ponto, Mariana conta que o “processo árduo e contínuo de trabalho” contou com vários fragmentos de Brennand como os arquivos pessoais, momentos de entrevistas e as passagens simbólicas dos diários, concretizados nas imagens do paraibano Walter Carvalho e na narração da atriz Hermila Guedes. “É um filme que aproxima as pessoas do artista, do homem e do personagem carregado de camadas tão profundas, de maneira íntima, mostrando suas contradições”.
Para o produto final, a diretora tinha nas mãos quase 30 horas de entrevista e 12 horas de material filmado das obras do pintor, desenhista, escultor e ceramista. “A maior dificuldade foi revelar a psiquê de Brennand presente nos diários”.

ÚNICA SESSÃO
Vencedor da 36ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (Melhor Documentário e Melhor Filme), Francisco Brennand já estreou em seis cidades, dentre elas Rio e São Paulo, e está entrando em cartaz hoje em Brasília, Recife, Salvador e João Pessoa, sendo que na capital paraibana ganhe apenas uma sessão, às 18h10.

“Por um lado é uma vitória, por outro, o próprio horário condena o filme de não ter público”, desabafa Mariana Brennand Fortes. “Ainda mais sobre um artista tão importante quanto o Brennand, que muita gente nunca ouviu falar mesmo assim”.

Como notório apreciador e crítico de cinema, o filme ficou em julgamento do protagonista em dois momentos: “O primeiro foi antes do corte final, mais para ele ver o caminho que estava tomando. O outro foi no lançamento no Cine São Luiz de Recife, local que frequentou muito”, conta a documentarista. “Ele gostou muito”.

Imagem

Jornal da Paraíba

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