COTIDIANO
Assaltos a bancos cresceram 240% neste 1° semestre na Paraíba
Com estatística, Paraíba ocupa 5ª colocação no ranking dos estados que tiveram mais ocorrências deste tipo.
Publicado em 22/08/2012 às 8:00
Os assaltos a bancos cresceram 240% no primeiro semestre de 2012 na Paraíba e atingiram 17 ocorrências enquanto no mesmo período do ano passado foram apenas cinco. A estatística elevou o Estado à 5ª colocação do país em número de ocorrências deste tipo, atrás apenas de Pernambuco (18), Ceará (26), Bahia (37) e São Paulo (99).
No país foram registrados 331 assaltos. Os dados são da 3ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com apoio técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a partir de notícias da imprensa, estatísticas de Secretarias de Segurança Pública (SSP) e os levantamentos de sindicatos e federações de vigilantes. A pesquisa foi divulgada na última segunda-feira, em Curitiba (Paraná).
No crescimento na modalidade assaltos a banco, a Paraíba foi o 5º maior do país, subindo de 5 para 17 o número de ocorrências nos primeiros seis meses do ano. Também tiveram aumento mais acentuado o Ceará, que pulou de 5 para 26 ocorrências (420%); Sergipe, teve apenas um no ano passado e 4 (300%) este ano, Rondônia, saltou de 3 para 11 (266%) e Pernambuco, de 5 para 18 assaltos (420%).
Quanto ao total de ataques a bancos, o que inclui assaltos e arrombamentos, a pesquisa aponta redução das ocorrências na Paraíba, mas revela que é alarmante a recorrência de assaltos às agências no Estado. O total de ataques no Estado caiu de 54 nos primeiros seis meses de 2011 para 32 este ano, o que mostra uma queda percentual de 40,7%. Diminuiu também o número de arrombamentos/explosões, caindo de 49 no ano passado para 15 este ano, redução de 69,4%.
De acordo com o Sindicato dos Bancários da Paraíba, há falta de ações na segurança pública do Estado. “Estamos vendo esses crimes com muita preocupação. São necessárias políticas preventivas”, disse o presidente Marcos Henrique.
Segundo o secretário de Estado da Segurança e Defesa Social (Seds), Cláudio Lima, um dos trabalhos realizados para tentar coibir ataques a bancos com explosões é o treinamento de grupos especiais para a fiscalização das 140 empresas que comercializam explosivos na Paraíba. “Esse é um trabalho que a secretaria e as polícias estão fazendo como forma de prevenção”, explicou.
Para o gestor da segurança pública, a polícia também continua atuando de forma repressiva prendendo quadrilhas especializadas.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou nota em que informa melhorias nos investimentos quanto à segurança das agências bancárias. Os investimentos feitos pelo setor em todo o país aumentaram de R$ 3 bilhões, em 2002, para R$ 8,3 bilhões, em 2011. (Colaborou Luzia Santos)
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