ECONOMIA
Preço do peixe deve ficar estável
Comerciantes do ramo de pescados estão otimistas e esperam aumento nas vendas de peixes em relação ao ano passado.
Publicado em 16/02/2013 às 6:00
Os comerciantes de João Pessoa prometem que o preço do pescado não deve aumentar até a Semana Santa e, como estão otimistas, esperam que as vendas dobrem no período da Quaresma, que começou na última quarta-feira. Porém, do ano passado para este mês, as opções mais procuradas de peixe já apresentaram alta de até 17,6%. O percentual representa, na prática, aumento de R$ 3,00 sobre o quilo do pescado com cabeça (dourado ou cavala). Já a inflação no período ficou em 6,15%.
A comparação tem como base os dados da última Pesquisa de Pescado do Procon Municipal que, em abril de 2012, analisou os preços no Mercado do Peixe em Tambaú, e os preços atuais do produto comercializado no local.
Com o feriado prolongado se aproximando, consumidores questionam de quanto será a especulação sobre o preço do quilo do peixe na capital paraibana. Apesar disto, de acordo com a comerciante Giovaneide Silva, que atua no Mercado do Peixe, em Tambaú, nas semanas que antecedem o feriado, durante a Quaresma, o fluxo de pessoas chega a ser 60% maior e, nos últimos dias, as vendas dobram.
“É uma época muito boa de vendas e não pretendemos reajustar, isso só acontecerá se acabar o peixe local e tivermos que comprar de fora, daí fica difícil não repassar para o cliente”, explicou.
Entre os tipos mais procurados estão a cioba, a pescada, o dourado, a cavala, a garoupa e a meca. “A meca é peixe muito procurado, porque só tem cartilagem, então, além de ser gostoso, não oferece perigos”, comentou Giovaneide.
Thaísa Dantas, que também vende peixe no mercado, contou que o preço do produto depende de vários fatores e isto motiva oscilações. “Peixe é por época, depende dos barcos, depende da lei da oferta e da procura, mas não achamos que vai aumentar até a Semana Santa. Se acontecer, será nos últimos dias”, afirmou.
Com preços ainda sem alterações, a confeiteira Dulce Hipólito – que está passando alguns dias na capital com a família – aproveitou para comprar o produto na manhã de ontem. “O preço não é muito diferente daquele praticado em São Paulo, mas nós queríamos mudar o cardápio nesta semana e viemos aproveitar o peixe fresquinho”, contou.
PREÇO ESTÁVEL
Já o comerciante Ednaldo Medeiros Filho, proprietário da Peixaria Bom Jesus, em Mangabeira, revela que o quilo do produto está com preço estável há um ano em seu estabelecimento. “Como compro direto ao produtor sem a presença do atravessador, o custo do produto não registrou oscilações o último ano. Atualmente, o preço médio do quilo de peixe fresco de primeira como cioba ou dourado é comercializado entre R$ 15,00 a R$ 16,00. Na Semana Santa, se houver variação será de máximo 10% devido à forte procura, mas por princípio não faço o jogo de especulação, pois busco fidelidade do cliente e quero ganhar nesse período por volume de venda e não por aumento de preço”, acrescentando que a pesquisa de preço combinada com o histórico do estabelecimento em oferecer um produto de qualidade são fundamentais para o consumidor nesse período.
Segundo Ednaldo, as classes de maior poder econômico costumam comprar mais cavala em posta, cioba, dourado e garoupa, enquanto para a classe de poder aquisitivo menor a corvina é uma das mais procuradas.
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