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Paraíba registra 26 casos de Guillain-Barré este ano, diz Secretaria de Saúde
A SGB é uma doença autoimune que causa a perda dos movimentos musculares. Em 2014 foram registrados nove casos no Estado.
Publicado em 05/12/2015 às 14:39
Entre janeiro e novembro deste ano, a Paraíba registrou 26 casos da síndrome de Guillain-Barré (SGB) com duas mortes, segundo a gerente executiva de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Renata Nóbrega. A síndrome, associada ao mosquito Aedes Aegypti, é um doença neurológica rara, que ainda não apresenta causa definida.
De acordo com Renata, em 15 dos 26 casos já foi descartada a relação da síndrome com o zika vírus, após uma análise clínica dos pacientes. Há ainda cinco casos em investigação para saber se o surgimento dessa síndrome teve relação com o vírus. Os outros seis casos foram registrados no Sistema de Informação Hospitalar (SIH), de janeiro a julho deste ano e não foram feitos exames nos pacientes para investigar a correlação. Esses exames começaram a ser feitos depois do aumento do número de casos no Nordeste.
Segundo a gerente executiva de Vigilância em Saúde, desde julho a SES solicitou aos municípios que todos os casos de Guillain-Barré fossem notificados para que a investigação da correlação entre o zika vírus pudesse ser realizada.
Durante todo o ano passado, a Paraíba registrou nove casos de Guillan-Barré e três mortes causadas pela doença. Assim como os casos do início do ano, a relação da síndrome com o vírus também não foi investigada nessas ocasiões.
De acordo com a SES, o Ministério da Saúde acompanha em todos os estados os casos diagnosticados de Guillain-Barré e mesmo não se tratando de uma doença de notificação compulsória, a secretaria mantém um regime de vigilância sob as unidades de saúde paraibanas.
O principal sintoma da doença é a perda de movimentos musculares e da habilidade de sentir o contato com a pele, dor ou calor. A síndrome é uma doença autoimune que afeta a produção mielina, a membrana que envolve os nervos e facilita a transmissão do estímulo nervoso. Com isso, o paciente produz anticorpos contra a sua própria produção de mielina, os nervos ficam afetados e a transmissão dos sinais que vêm do cérebro é prejudicada.
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