VIDA URBANA
Seca afeta produção de assentamentos no Sertão
Agricultores de assentamentos do Sertão, afirmaram perder cerca de 70% do foi plantado devido à falta de chuva.
Publicado em 13/11/2012 às 6:00
A seca continua trazendo problemas para quem vive do cultivo da terra e criação de animais no Sertão da Paraíba. Entre os meses de abril e outubro, agricultores desta região que fazem parte do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) afirmaram perder cerca de 70% do foi plantado devido à falta de chuva. Os fatores que levaram a esse cenário e as alternativas que podem ser colocadas em prática foram discutidas no último fim de semana, em Patos, no 10º Encontro da Brigada do Patativa do Assaré, que compreende 13 municípios e 14 assentamentos e acampamentos na região.
Ao todo, o Estado tem cerca de 70 assentamentos distribuídos em seu território que abrigam mais de 3.500 famílias que vivem exclusivamente da agricultura. Contudo, com o período prolongado da seca, a colheita de feijão, fava, milho, mandioca e hortaliças ficaram comprometidas e, na parte da pecuárias, as criações de caprinos e bovinos também apresentam problemas.
Pelo menos foi o que apontou o representante da Paraíba na direção nacional do MST, Juliane Carneiro, que ainda disse que o Curimataú e Zona da Mata também sofrem com a estiagem.
“A região menos castigada foi a Zona da Mata, onde os assentados perderam cerca de 50% da produção. No Curimataú esse número já foi superior e no Sertão foi a região onde perdemos mais, chegando a 70% daquilo que foi plantado. Para correr atrás do prejuízo, discutimos alguns problemas que a seca trouxe e vamos buscar auxílio junto ao Governo Federal para que possam ser construídos pelos menos alguns barreiros para que no próximo ano a perda não seja igual ou maior que a deste ano”, disse Juliane.
Estiveram presentes durante o encontro assentados e acampados dos municípios de Patos, Princesa Isabel, Imaculada, Matureia, Teixeira, São José do Bonfim, São Mamede, São José de Espinharas, Condado, Pombal, Santa Teresinha, Aparecida e Sousa. O 10° Encontro também serviu para a elaboração de uma carta proposta de ações de investimento, elaborada pelos trabalhadores assentados, que será apresentada para os órgãos federais, e também para o Governo do Estado e prefeituras onde os assentamentos estão localizados, para minimizarem as ações da seca.
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