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VIDA URBANA

Ocupação de grevistas continua e reitor da UEPB deve recorrer à Justiça

Cerca de 10 professores estão dormindo no gabinete do reitor Rangel Júnior. Ele solicitou a desocupação e não foi atendido.

Publicado em 28/10/2015 às 8:40

A Reitoria da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) deve recorrer à Justiça para conseguir a desocupação do gabinete do reitor Rangel Júnior, que desde o final da manhã da última segunda-feira está ocupado por vários professores em greve. Ontem pela manhã eles se reuniram, mas nenhuma solução para o impasse foi encontrada. Hoje, o reitor vai tentar mais uma negociação.

Cerca de 10 professores dormiram no gabinete e no início da manhã impediram os funcionários do setor de trabalhar. Quando o reitor Rangel Júnior chegou ao local, solicitou a desocupação e não foi atendido, embora os grevistas tenham garantido a ele a possibilidade de trabalhar no local. Ele apenas retirou alguns objetos pessoais do espaço.

O professor Nelson Júnior, integrante do comando local de greve, disse que sem a garantia da categoria ser recebida pelo governo do Estado a ocupação continuará sem prazo para terminar. A ocupação tem o apoio dos técnicos-administrativos, mas o DCE-UEPB divulgou posicionamento criticando a ação.

Diante do impasse, o reitor divulgou uma nota onde alerta que caso a Reitoria não seja desobstruída não descarta a possibilidade de recorrer à Justiça pedindo a desocupação “para garantir a integridade da Reitoria(documentos oficiais, processos, computadores, equipamentos, patrimônio etc) que está sob controle indevido e ilegal de pessoas alheias ao trabalho da Reitoria”.

Rangel Júnior argumenta que não existem razões para a ocupação da Reitoria porque sempre negociou com os grevistas e atendeu 99% da pauta da categoria, com a exceção da reivindicação salarial. Uma sentença judicial determinou uma reposição de 6,4% para os professores.

Depois de mais de quatro meses de greve, a UEPB vem acumulando prejuízos em suas atividades. Segundo a Assessoria de Comunicação da instituição, 19 mil alunos estão sem aula na graduação, 750 atendimentos em atenção à saúde deixaram de ser realizados pela Clínica de Enfermagem, quatro mil atendimentos não ocorreram na Clínica de Fisioterapia e 850 na Clínica de Psicologia.

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Jornal da Paraíba

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