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ECONOMIA

Preço do etanol não vai cair pelos próximos dois anos

“O preço do álcool hidratado (etanol), utilizado no abastecimento de veículos não sofrerá queda nos próximos dois anos”.

Publicado em 29/01/2012 às 8:00

“O preço do álcool hidratado (etanol), utilizado no abastecimento de veículos não sofrerá queda nos próximos dois anos”. A declaração é do diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única) Antônio de Pádua, e foi feita na última sexta-feira (20) à reportagem do JORNAL DA PARAÍBA durante visita ao Estado.

De acordo com o diretor-técnico, as medidas adotadas pelo governo, a exemplo da Medida Provisória que determinou a abertura pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de uma linha especial de crédito, batizada de Prorenova, no valor de R$ 4 bilhões, não é suficiente para garantir estoque que permita o pleno abastecimento do mercado interno.

Apesar de positiva por incentivar a produção de cana-de-açúcar, a medida é vista com desconfiança. “Não há nenhuma política de investimento na ampliação das áreas cultivadas ou mesmo na modernização das lavouras. Em contrapartida, o governo federal permanece investindo na produção e comercialização de carros flex e na importação de gasolina para manutenção de seu preço”, explicou Antônio de Pádua.

O diretor exemplificou que para que o Brasil possa produzir um volume adicional de etanol, da ordem de dois bilhões por ano, é necessário ampliar em 500 mil hectares a área plantada, de modo que o Prorenova deve vigorar por dois anos. Desde modo, a medida não garante a oferta do produto, nos primeiros anos de implantação do projeto.

“Acreditávamos que o governo reduziria substancialmente o preço do etanol este ano, mas a realidade é diferente. Isso desestimula os produtores e os fazem buscar alternativas para escoar a produção a um preço justo”, afirmou. O governo destinou em 2011, cerca de R$ 2,4 bilhões para a estocagem de etanol, mas o mercado americano decidiu não taxar o produto brasileiro e deixar de subsidiar a sua produção de etanol a partir do milho, o que torna esse investimento do BNDES pequeno, frente aos que os EUA se dispõem a pagar.

Os americanos foram os grandes compradores de etanol brasileiro em 2011, o que garantiu uma boa porcentagem de lucro para as usinas. No cenário nacional, o aumento de preços, ainda que para cobrir os custos é sempre limitado pelo preço da gasolina, que não se eleva há alguns anos. “As consequências dessa política são a abertura do mercado interno para a gasolina importada a um preço até R$ 0,30 por litro, mais caro que o combustível nacional e a disponibilidade de nosso produto, que é de excelente qualidade para outros países”, disse Antônio de Pádua.

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Jornal da Paraíba

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