COTIDIANO
Justiça condena 'Passinho' por tráfico
Além dele, outros dois réus acusados de integrar a mesma quadrilha também foram condenados.
Publicado em 24/04/2014 às 10:00 | Atualizado em 23/01/2024 às 12:02
Quase 3 anos e 6 meses depois de ser preso pela Polícia Federal (PF) em Campina Grande, acusado de tráfico de drogas, Francisco de Assis Clemente, popularmente conhecido como 'Passinho', foi condenado a mais de 21 anos de prisão pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Além dele, outros dois réus acusados de integrarem a mesma quadrilha também foram condenados pelos mesmos crimes. A sentença foi prolatada na última terça-feira pelo juiz da Vara das Execuções Penais de Campina Grande, Edivan Rodrigues Alexandre.
Os outros réus condenados são Adriano Joaquim de Sá e Joseval Bernardo da Silva. A pena imputada pelo juiz para eles foi de 16 anos de prisão em regime fechado. No caso de 'Passinho' a pena total foi de 21 anos e 4 meses, também em regime fechado.
Na sentença, o juiz também inocentou outros dois réus que figuravam no processo - Luan Medeiros da Costa, filho de 'Fernandinho Beira-Mar', e Damião Gomes de Sá - com a alegação de que eles já responderam e foram julgados pelos mesmos crimes em outros processos que foram desmembrados da ação principal.
De acordo com as investigações da Polícia Federal na época, 'Passinho' era o chefe do grupo acusado de ser responsável pelo abastecimento de bocas de fumo em vários bairros de Campina Grande. O acusado já estava sendo monitorado pela PF por meio de escutas telefônicas. Durante as investigações, foi descoberto que o grupo recebia grandes carregamentos de droga oriundos dos Estados de São Paulo e Pernambuco. Na época, cerca de 50kg de droga foram apreendidos pela PF.
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA tentou entrar em contato com os advogados dos acusados, mas eles não foram localizados para falar sobre o assunto.
RELEMBRE O CASO
'Passinho' foi preso no bairro do Jeremias, em Campina Grande, em outubro de 2010. Com ele foram encontrados vários títulos de eleitor, além de contas de água e energia pertencentes a moradores dos bairros do Jeremias e Araxá.
Como a prisão ocorreu durante a campanha, o material, que caracterizava crime eleitoral, foi encaminhado para a Justiça Eleitoral, onde o processo referente a esse possível esquema de compra de votos ainda está em tramitação. 'Passinho' também responde por um homicídio ocorrido na mesma época, do qual ele é acusado de ser mandante. Pouco tempo depois da prisão, ele foi transferido para um dos presídios de segurança máxima da capital, onde permanece até então.
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