POLÍTICA
'Sem poder comprar voto, candidatos vão gastar sola de sapato', diz procurador
Procurador regional eleitoral, João Bernardo, destaca fiscalização contra o Caixa 2 de campanha.
Publicado em 28/07/2016 às 7:15
O procurador regional eleitoral, João Bernardo da Silva, disse que a limitação de gastos de campanha eleitoral deste ano e o combate ao Caixa 2 vão provocar mudanças na atuação dos postulantes a cargos eletivos.
“O candidato tem que basear a campanha em proposta, no trabalho feito, porque não pode comprar voto. Ele agora não pode ser guiado pelo marqueteiro, mas sair às ruas, gastar a sola do sapato e convencer o eleitor sobre suas propostas”, destacou o procurador, durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (27), na sede do Ministério Público Federal em Campina Grande.
Bernardo afirmou que o eleitor é o primeiro fiscal e mais interessado nas eleições, logo pode denunciar a compra de votos. Ele também destacou a parceria do MPF com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no combate ao Caixa 2.
Para o procurador, a campanha é de grande importância, pois fortalece as instituições e ajuda a sociedade a fiscalizar melhor a aplicação e arrecadação desses recursos. O projeto Combate ao Caixa 2, que é um desdobramento do Movimento Eleições Limpas e tem como meta dar espaço para denúncias de campanhas milionárias desproporcional ao valor arrecadado legitimamente de pessoas físicas e repasses de fundo partidário, está sendo acolhido pelo Ministério Público Federal em diversos estados do país.
A parceria consiste no recebimento das denúncias pela OAB, através de site e aplicativo próprios, análise formal das denúncias pela OAB e encaminhamento para a Procuradoria Regional Eleitoral, que tomará as providências judiciais cabíveis.
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