ECONOMIA
Preço da gasolina deve subir até R$ 0,24 e litro pode chegar a R$ 3,74
O aumento aplicado é de 7% e, segundo o Sindipetro-PB, esse índice não inclui os tributos que também compõem o preço.
Publicado em 01/10/2015 às 9:05
O paraibano deverá ter um reajuste de 7% no preço do litro da gasolina na bomba. O valor do combustível pode chegar a R$ 3,74 no Estado (em Sousa), o que equivale a um acréscimo de R$ 0,24 centavos. Com o anúncio pela Petrobras do reajuste de 6% na gasolina, e de 4%, no diesel, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado da Paraíba (Sindipetro-PB), Omard Hamad, salientou que nos índices não estão incluídos os tributos, que também compõem o preço do combustível e são repassados ao consumidor final.
“Esse reajuste de 6% é só da refinaria e não contempla impostos como ICMS, Cide e Cofins. Com isso, o aumento pode chegar a qualquer momento nas bombas e deve ser acima de 6%”, declarou Omar, sem citar o índice final que será repassado ao consumidor.
Em nota, a Petrobras informou que o peso dos tributos (ICMS, PIS/Pasep e Cofins) representa 39% da composição do preço final do litro da gasolina.
Além dos encargos tributários, pesam no preço a formação do valor do produto 17% da distribuição e de revenda, outros 12% advindos da mistura com o etanol anidro e mais 12% do lucro da estatal. O sindicato dos postos de São Paulo calcula em pelo menos 7% ao consumidor.
SOUSA LIDERA PREÇO
Vale lembrar que o preço da gasolina mais alto atualmente é vendido em Sousa (R$ 3,50), segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP). Com a alta de 7% passaria a ser vendido por R$ 3,74. Em Campina Grande o preço do combustível oscila atualmente entre R$ 3,29 e R$ 3,38, enquanto João Pessoa, a variação vai de R$ 2,97 a R$ 3,19. Observando os preços mínimos e máximos praticados no Estado, o aumento no valor do litro da gasolina irá representar um acréscimo entre R$ 0,20 e R$ 0,24 no Estado.
REVOLTA
A notícia de mais um aumento no orçamento revoltou consumidores na capital. “Isso é um absurdo. A gente trabalha para pagar os roubos dos outros. Não tenho nem como reduzir o consumo porque sou motorista”, desabafou Sérgio Pereira dos Santos, que desembolsa cerca de R$ 500 com gasolina por mês.
A alta das despesas poderá fazer com que algumas pessoas repensem as contas domésticas. Este é o caso do comerciante Marinésio Ferreira. “Isso vai ser um baque forte. Uso o carro para trabalho e lazer e não posso ficar sem ele. O jeito é ter que tirar dinheiro de outras coisas”.
GÁS BUTANO MAIS CARO
Além da alta dos combustíveis, o consumidor paraibano começa outubro com mais um aumento nas despesas domésticas. O botijão do gás de cozinha de 13 quilos terá um acréscimo de 10% a partir de hoje com a nova pauta de preços divulgada pelo Confaz, que serve de base para cobrança do ICMS.
Com isso, o preço do produto pode chegar a R$ 60, já que existem revendedores aplicando preço de R$ 55. “A média oficial do sindicato é de que o preço chegue a R$ 55”, frisou o presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás GLP (Sinregás-PB), Marcos Antônio Bezerra.
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