Bando mata pescador

Pessoas inocentes, sem qualquer envolvimento com crimes, estão sendo assassinadas na Região Metropolitana de João Pessoa. Ao não encontrar o alvo determinado, os bandidos estão assassinando parentes de pessoas que teriam envolvimento com o tráfico de drogas. O último caso deste tipo aconteceu na noite da última quinta-feira, no distrito de Livramento, em Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa.

De acordo com a Polícia Militar, o pescador Severino dos Ramos Francisco dos Santos, de 37 anos, teria sido assassinado no lugar de seu filho que seria integrante de uma facção criminosa. O crime foi praticado por aproximadamente dez homens que chegaram à residência da vítima por volta das 23h50 e chamaram pelo seu filho.

Com medo de sair de casa, pelo telhado o pescador contou aos criminosos que o filho já não morava no local. Neste momento a vítima foi atingida por vários disparos de arma de fogo e faleceu dentro da residência. Segundo a assessoria de imprensa do 7º Batalhão de Polícia Militar, no corpo do pescador foram constatados tiros de revólver, pistola e espingarda calibre 12.

“Como não encontraram o alvo eles assassinaram o pai. Ele se sentiu mais seguro em falar com as pessoas pelo telhado e mesmo assim foi assassinado. As primeiras informações são de que dez pessoas participaram do crime que foi presenciado pela esposa da vítima e há indícios de que o filho dele é envolvido com o crime”, contou o sargento Adílson Morais.

Os bandidos ainda chegaram a atirar em uma criança de 10 anos, também filho da vítima, mas por falta de munição o garoto não foi assassinado.

Ainda segundo o sargento Adílson, o verdadeiro alvo dos bandidos já teria sofrido uma tentativa de homicídio no mês de dezembro do ano passado. “Esse mesmo pessoal já tinha tentado matar o filho do pescador no mês de dezembro do ano passado, mas não conseguiram e voltaram agora, quando executaram o pai”, revelou o sargento.

Conforme o delegado Luiz Cotrim, do Núcleo de Homicídios da cidade de Santa Rita, alguns suspeitos de ter praticado o crime já foram identificados. “Nós temos a informação de que o alvo dos suspeitos seria uma outra pessoa. Normalmente os criminosos possuem um alvo específico e esse foi um caso eventual”, explicou o delegado Luiz Cotrim.