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VIDA URBANA

Agência Nacional de Águas admite atraso no combate à crise hídrica

Órgão apresentou como sugestão para evitar colapso em Boqueirão ampliar o racionamento

Publicado em 21/05/2015 às 7:00 | Atualizado em 09/02/2024 às 16:49

Alvo de críticas na última reunião da Comissão Especial de Acompanhamento Sobre a Gestão das Águas do Ministério Público (Ceasga), da qual não participou, a Agência Nacional de Águas (ANA) admitiu ontem, em Campina Grande, que houve atraso na adoção de medidas para o enfrentamento da crise hídrica vivida pelos 19 municípios abastecidos pelo açude Epitácio Pessoa (Boqueirão), que atualmente dispõe de apenas 19,1% de sua capacidade. Responsável pelo gerenciamento do reservatório, a Agência apresentou ontem, durante reunião do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba, um conjunto de sugestões que devem ser adotadas pelo poder público para economizar água e evitar o colapso do açude.

Na apresentação, o superintendente de regulação da ANA, Rodrigo Flecha, exibiu uma simulação, informando que a Cagepa mantendo a atual retirada de água autorizada pela agência, de cerca de 1.050 litros por segundo, o chamado 'volume morto' do açude seria atingido em meados de novembro. Caso ocorra uma redução dessa retirada, para 750 ou 780 litros por segundo, que ainda está sendo discutida, esse prazo se estenderia até janeiro de 2016.

“Houve uma demora por parte da ANA, da Cagepa, da Aesa (Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba) e está havendo uma demora por parte da prefeitura. Então, houve uma demora por parte de todos. Em toda crise a gente não tem que buscar o bode expiatório, temos que buscar alternativas que devem ser implementadas para enfrentarmos crises distintas, porque esse regime de seca no Brasil é bastante atípico, não só no Nordeste”, admitiu o superintendente.

Para evitar o aprofundamento da crise, Rodrigo Flecha afirmou que o potencial maior de redução do consumo está nas cidades. Ele disse ser a favor da ampliação do racionamento e defendeu que a Cagepa e a prefeitura adotem medidas para conter o desperdício de água. “Nas cidades têm um conjunto de ações a serem feitas, desde ações que a Cagepa já está fazendo de combate a perdas, redução do desperdício de água e campanhas de educação, mas a prefeitura também precisa entrar no jogo, proibindo determinados tipos de uso como encher piscina, lava-jato e a gente discutir a possibilidade de se reduzir mais ainda a captação de água da Cagepa”, pontuou.

O superintendente também admitiu que, apesar de proibido desde julho do ano passado, o uso da água de Boqueirão para fins de irrigação continua ocorrendo de forma clandestina, principalmente à noite e durante a madrugada, porque a fiscalização ocorre dentro das possibilidades da Agência. Apesar disso, ele minimizou esse consumo e disse que a irrigação não é a vilã da crise hídrica.
“Claro que ainda existem irrigantes, mas é um número bastante reduzido que utiliza a água. Quero deixar claro, para tirar essa pecha da irrigação, que no passado seis a sete meses de uso da água para irrigação corresponderia a um mês de uso da água para abastecimento urbano. Hoje eu acredito que, com a paralisação quase que total, um ano dessa irrigação que ainda está sendo feira de maneira clandestina corresponde a um mês de abastecimento urbano”, argumentou ele, ao comparar o controle da irrigação clandestina com a fiscalização de motoristas que avançam o sinal vermelho, mesmo sabendo que ela é proibida.

Confira as sugestões da ANA:

* Aumentar o racionamento e promover outras ações para economia de água;

* Monitorar a qualidade da água do açude ;

* Continuar ações de controle do desperdício ;

* Fiscalização continuada para evitar retirada ilegal de água;

* Subsídio aos irrigantes;

* Buscar fontes alternativas de fornecimento de água, como carros-pipa e cisternas ;

* Incentivo tarifário (desconto para quem economizar e multa para excesso de consumo);

* Aumento da tarifa para os grandes consumidores.

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Jornal da Paraíba

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