icon search
icon search
home icon Home > cultura
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

CULTURA

Marcello Quintanilha conquista 'Palma de Ouro' das HQs na França

Quadrinista venceu o prestigiado Festival Internacional de Angoulême pelo trabalho 'Tungstênio'.

Publicado em 02/02/2016 às 8:00

São poucos os autores de quadrinhos que imprimem um clima tão abrasileirado nos seus temas quanto o niteroiense Marcello Quintanilha. Isso não o impediu de ser o primeiro brasileiro a conquistar o prêmio na categoria Sélection Polar (‘Melhor HQ Policial’) do prestigiado Festival Internacional de Angoulême, na França.

A conquista – fincada no último sábado, data em que coincidentemente se comemora o Dia do Quadrinho Nacional – foi por Tungstênio (lançado na Europa pela Editions Çà et Là como Tungstène e por aqui pela Veneta, em 2014), álbum mais abrasileirado que este não há: uma trama envolve ex-sargento do exército, um traficante, um policial e sua esposa em crise, tudo com o cenário de Salvador, Bahia, como pano de fundo.

Para se ter uma noção da importância, se o badalado norte-americano Eisner Awards é considerado o ‘Oscar dos quadrinhos’, Angoulême pode ser vista como uma Palma de Ouro de Cannes.

“É complicado dizer qual é o maior prêmio de quadrinhos do mundo, mas um prêmio em Angoulême movimenta o mercado franco-belga provavelmente mais que um prêmio Eisner nos EUA. Para os leitores da Europa, é um selinho importante a se colar na capa”, analisa o jornalista e tradutor Érico Assis. “A premiação de Angoulême tem duas características positivas: tende a ser mais aberta a HQs de outras nacionalidades – desde que tenha sido publicada em francês, bien sûr – e tem menos categorias. Ou seja, são poucos que ganham, o que aumenta o significado do prêmio”.

Mesmo com quase 15 anos morando na Espanha, o Brasil nunca saiu da mente e coração do quadrinista. “As histórias representam aquilo que sou e me constituiu como ser humano”, explica Quintanilha. “Eu trabalho aquilo que está comigo”.

Antes de Tungstênio, o primeiro álbum traduzido para o francês do autor foi o Sábado dos Meus Amores, publicado por aqui em 2009 pela Conrad e um dos poucos trabalhos nacionais presente na seleção do livro 1001 Quadrinhos para Ler Antes de Morrer.

Marcello Quintanilha é o primeiro brasileiro a ganhar uma categoria em 43 edições do festival. Em 2008, fora da competição oficial, o brasileiro radicado na França Leo (Luiz Eduardo de Oliveira) ganhou o Prix Tournesol (prêmio para obras com temática ecológica).

Tungstênio desbancou álbuns de nomes como Jason Aaron (famoso roteirista da Marvel que já trabalhou em títulos como Justiceiro, Thor e Wolverine) e Bastien Vivès (autor de O Gosto de Cloro).

Para Quintanilha, fazer HQs é “o ponto mais alto que um ser humano pode chegar na vida”.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp