VIDA URBANA
Perfis genéticos do IPC são mantidos no Codis
Dados da PB ficam no banco da Polícia Federal, que compara as injformações no país.
Publicado em 03/06/2012 às 18:53
Os perfis genéticos analisados no Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC) são inseridos em um banco nacional de DNA, o Combined DNA Index System (Codis), em funcionamento desde o segundo semestre do ano passado. Através deste banco foi possível identificar a ação de um estuprador que atuava em série na cidade de Campina Grande, desde o ano de 2009.
No software desenvolvido pelo Federal Bureau of Investigation (FBI) é possível armazenar vários perfis genéticos. Este mesmo sistema é utilizado em 30 países. Os dados inseridos pela Paraíba são confrontados nacionalmente pela Polícia Federal (PF) em Brasília, com perfis genéticos de outros cinco Estados, que alimentam o banco diariamente. A PF é responsável por coordenar o sistema.
“Em Campina Grande nós verificamos que em momentos diferentes, em meses distintos, o mesmo agressor fez vítimas em diferentes bairros da cidade. O resultado foi enviado para o delegado responsável pelas investigações, mostrando que todos os crimes foram praticados por uma só pessoa,” revelou Carmem Leda, gerente do laboratório de DNA do IPC.
O sistema auxilia a identificação de criminosos que atuam em série. “Determinado estuprador pode praticar crimes aqui na Paraíba, ou em qualquer outra unidade da federação e com esse confronto ele pode ser identificado onde estiver”, ressaltou Carmem Leda, acrescentando que o banco ainda está sendo atualizado, tendo em vista que o IPC da Paraíba possui armazenado grande número de perfis genéticos, catalogados desde 2004.
Os perfis genéticos são inseridos no banco de dados, por um único perito que foi submetido a um treinamento promovido pelo FBI, em Brasília. Os perfis são extraídos de amostras coletadas em locais de crime. Além da Paraíba, os primeiros estados a participar da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos foram Amapá, Amazonas, Ceará, Mato Grosso e Paraná.
Atualmente foram inseridos no Codis os perfis genéticos coletados em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Pará.
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