VIDA URBANA
CG tem 112 casos de acidente de trabalho
Mostra na Praça da Bandeira fez alusão ao Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.
Publicado em 29/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 12:25
Cento e doze ocorrências, entre acidentes e doenças decorrentes da atividade laboral, já foram registradas este ano em Campina Grande, com pelo menos um óbito. Em todo ano passado, foram 484 casos, com cinco mortes. Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde (MS), mas estão longe do valor real, porque muitos casos não são notificados.
As informações foram divulgadas pelo Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador em Campina Grande (Cerest-CG), durante a “1ª Mostra de Experiências Exitosas sobre Saúde e Segurança do Trabalhador”, realizada ontem pela manhã na Praça da Bandeira.
O evento fez alusão ao Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, celebrado ontem, e que aconteceu das 8h às 13h, envolvendo municípios da 2ª Macrorregião de Saúde da Paraíba, que engloba 70 cidades.
Mais de 20 instituições participaram da ação, como a Escola Técnica Redentorista (Eter), Central de Ensino Aplicado na Saúde (Ceas) e o Serviço de Saúde do Trabalhador (SESMT) de Lagoa Seca, Queimadas, Picuí e Pedra Lavrada, além de outros parceiros.
O óbito registrado este ano aconteceu no dia 26 de março, quando o assistente de telemarketing João Amaro Medeiros Neto, 18 anos, foi assassinado a tiros no bairro Bodocongó durante uma tentativa de assalto, quando voltava do trabalho. O fato é interpretado como acidente de trajeto e por isso, contabilizado pelo Sinan, conforme esclareceu a coordenadora geral do Cerest-CG, Anna Karla Souto Maior.
Segundo ela, entre as atividades que registraram o maior risco, está a construção civil. “É importantíssimo atentar para os cuidados de prevenção, não somente neste setor, mas em todos. O trabalhador precisa ser muito bem treinado e estar sempre com todos os equipamentos de proteção individual, os chamados EPIs”, disse. Já entre as doenças que podem ser adquiridas no ambiente de trabalho, ela diz que as mais comuns são as Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e os Distúrbios Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho (D.O.R.T).
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