COTIDIANO
Amigos de Marcelinho Paraíba pagam fiança e são liberados
Segundo Polícia Civil, grupo foi detido por desacato e resistência à prisão, ao tentar impedir que Marcelinho Paraíba fosse levado para delegacia.
Publicado em 01/12/2011 às 11:28
Os três amigos que foram presos junto com o jogador Marcelinho Paraíba durante uma festa no sitio dele em Campina Grande na madrugada da quarta-feira (30) estão em liberdade. De acordo com o delegado Fernando Zoccola, responsável pelas investigações, eles foram indiciados por desacato e resistência à prisão, mas tiveram direito a pagar R$ 1 mil de fiança cada um e foram liberados da carceragem da Central de Polícia no mesmo dia. Ao contrário do atleta, o grupo não chegou a ser transferido para o Complexo Penitenciário do Serrotão.
O atleta Marcelo dos Santos, de 36 anos, passou cerca de 12 horas preso. Ele recebeu alvará de soltura à tarde por decisão do juiz Pedro Paulo Sandro de Lacerda, da 5ª Vara Criminal de Campina Grande. Ele e os três amigos foram detidos de madrugada, depois que a Polícia Militar recebeu uma denúncia de estupro contra Marcelinho. O juiz considerou que o jogador não representava risco para a sociedade e que não havia provas suficientes do crime.
O jogador é suspeito de tentar beijar à força e agredir uma mulher de 31 anos durante a festa que promovia em comemoração à ascenção do Sport do Recife à primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Apresentando cortes na boca, a mulher foi encaminhada para exames de corpo de delito na Unidade de Medicina Legal (UML).
Conforme o delegado Fernando Zoccola, Marcelinho foi indiciado por estupro, mesmo não tendo chegado a cometer ato sexual. "Ficou comprovado que houve beijos contra a vontade da vítima", explicou. Ele também falou sobre a situação dos três amigos do jogador. "Eles ofenderam a moral dos policiais militares ao não permitirem que Marcelo fosse trazido à Central de Polícia", explicou Zoccola.
"Em 20 anos, nunca vi ninguém ser preso por causa de um beijo", disse o advogado Afonso Vilar. Em sua única declaração à imprensa, o jogador disse: "sou inocente e só falo em juízo". Depois de receber o alvará de soltura no Presídio do Serrotão, ele seguiu viagem para Recife. De acordo com o presidente do Sport, Gustavo Dubeux, o atleta dará entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (1) em Recife.
O delegado da Polícia Civil Rodrigo Pinheiro, que disse ser irmão da vítima, também se apresentou para fazer a denúncia, mas acabou sendo investigado pela suspeita de disparar tiros durante o tumulto no evento. A Secretaria de Segurança Pública anunciou seu afastamento das funções para apurar também as imagens de agressões verbais contra jornalistas que faziam a cobertura do caso.
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